quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Deusa Saga

Deusa Saga

“A Mãe da Sabedoria”

Saga - “A Mãe da Sabedoria”

Conhecida como “A Deusa Onisciente”, Saga é considerada por alguns autores como um aspecto da deusa Frigga, represetando as memórias do passo. De fato, ela fazia parte da constelação de doze deusas que auxiliava e acompanhava Frigga. Sua genealogia exata é bem desconhecida, tendo sida perdida ou esquecida ao longo dos tempo. Supõe-se que ela tenha pertencido a uma classe de divindades muito antigas, anterior aos Aesir e Vanir, e personificava os registros da passagem do tempo.

Saga era descrita como uma mulher majestosa. Vivia no palácio Sokkvabek, às margens de uma cachoeira, cujas águas frias desapareciam em uma fenda para dentro da terra. Para aquele que a procuravam em busca de inspirarão e sabedoria, ela oferecia a água cristalisna do “rio dos tempos e eventos”, em um cálice de ouro. Era para lá que, diariamente, também ia Odin, para trocar histórias e conhecimentos, e ouvir as canções de Saga sobre os tempos antigos.

Saga e segja significam “história, conto, lenda”. Quando a tradição oral dos antigos começou a ser esquecida por causa das perseguições cristãs, algumas pessoas mais instruídas começaram a transcrever as lendas e criaram, assim, os primeiros relatos escritos ou sagas. Essas histórias não eram novas, mas recebiam detalhes ou nuances diferentes, de acordo com quem as redigia. O contador de história era o sögumadr (saga man) , ou a sögykona (saga woman), respectivamente um homem sábio ou uma mulher sábia.

O aruqétipo de Saga é o das contadoras de histórias, das mulheres idosas e sábias que conhecem fatos e dados do passado e que relembrar e preservam as tradições dos antepassados. Invocar Saga ajuda a compreender e relembrar o passado, descobrir e aprender fatos culturais e históricos das culturas antigas e preservar o legado dos nossos ancestrais.

Saga era reverenciada como a padroeira dos poetas, escritores, historiadores, arqueólogos, antropólogos, contadores de histórias e educadores.Elementos: água, ar.

Animais totêmicos: coruja, salmão.

Cores: transparentes, pátina, prateados, dourados, cinza.

Árvores: antigas, florestas seculares.

Plantas: perenes e sempre-vivas.

Pedras: seixos rolados, madeira petrificada, ágata listada ou com inclusão de musgo, fósseis, estalactites e estalagmites, cristais arquivistas, âmbar, azeviche, ossos.

Metais: ouro, prata, estanho.

Símbolos: cálice, xale prateadi, pente de prata, tranlas, cachoeira, gruta, manuscritos, livros de histórias, mapas antigos, penas de escrever, caneta, palavras (escritas ou faladas), poço, nascente, inconsciente coletivo

Runas: Anguz, Laguz,, Othala, Os, Calc, Erda.

Rituais: para relembrar e reavivar o passado; para preservar, honrar e transmitir o legado dos antepassados; culto dos ancestrais; círculos para ler ou contar histórias.

Palavras-chave: passado, história.




Texto: Mirela Faur " Mistérios Nórdicos"

Deusa Sadbh


Deusa Sadbh


Finn é o rei dos Fianna, e seus homens saem a caça. Vêem uma corça e a perseguem, porém nenhum caçador ou cão consegue alcançá-la. Só Finn, acompanhado de seus cães, de nomes Bran e Sceolan, "que tem espírito humano", continuam em seu encalço. A corça tomba na relva, e os cães, em lugar de mostrarem-se agressivos, brincam com ela e a lambem o corpo.

Maravilhado, Finn leva a corça para sua residência e, à noite, vê aparecer uma linda mulher que diz chamar-se Sadbh, e ser a corça que ele havia estado caçando durante todo o dia. Adquiriu forma de uma corça por causa da magia do druida Fir Doirch, cujas insinuações ela havia rechaçado. Um servo do druida lhe havia explicado que, se conseguisse entrar na fortaleza dos Fianna, o druida não teria nenhum poder sobre ela.

Finn se apaixona por Sadbh e os unem-se num amor perfeito. Não demorou muito para Sadbh engravidar.

Um dia em que Finn se ausenta, o druida Fir Doirch assume seu aspecto e faz Sadbh sair da fortaleza. O druida consegue então transformá-la novamente em corça. Sadbh intenta regressar à fortaleza, porém os cães do druida a impedem e a conduzem para o bosque.

Ao saber do acontecimento Finn adoece de dor e, durante sete anos, recorre toda a Irlanda com seus cães em busca da corça.

Um dia, seus cães se detêm perto de uma criança, e lhe prodigam gestos de amizade. Finn se surpreende ante a semelhança da criança com Sadbh. O leva consigo e o educa.

Quando consegue falar, revela que foi criado por uma corça, e que ela foi transformada nesse animal por um homem negro que a havia tocado com uma varinha. Finn conclui que o menino é filho de Sadbh com ele e lhe dá o nome de Oisin, que quer dizer, "Pequena Corça

Texto: Neli Cigana

Deusa Râdhâ


Deusa Râdhâ



Deusa hindu do amor, Râdhâ. Também chamada de “A mais amada”.

Era pastora entre os gopis do deus Krishna. Foi sua amiga de infância e depois amante. O amor entre o Deus e Râdhâ foi imortalizado em vários poemas.

O nome Râdhâ quer dizer beleza, brilho. O mais comum de seus epítetos é Radhika, que significa aquela cujo culto à Krishna é poderoso.

Alguns autores consideram Râdhâ como a representação da alma humana atraída para a Divindade. Para outros autores, Râdhâ e Krishna juntos simbolizam a verdade absoluta.

Râdhâ é vista como a potência primordial interna do Senhor. O culto à Râdhâ em Vrindavan é bastante difundido. Esse era o lugar onde Krishna diz ter vivido. A importância de Râdhâ ultrapassa até mesmo a importância de Krishna. E o amor de Radha por Krishna é como o mais perfeito principalmente por causa da sua natureza infinita e incondicional. Ela é “Seu coração e alma”.


fonte do texto e foto: Agenda Esotérica

Deusa Rind (Rindr)


Deusa Rind (Rindr)

“A Deusa da Terra Congelada ”

Rind era descrita nas lendas escandinavas como uma linda princesa russa, a quem tinham profetizado a concepção de um filho que, ao se tornar herói, vingaria a morte do eu solar Baldur. Porém, Rind recusava-se a se casar, demonstrando uma glacial indiferença a todos os seus pretendentes. O deus Odin tentou seduzi-la assumindo, primeiro a figura de um soldado, depois, de um hábil artesão, capaz de fazer lindas joias e, por fim, a de um cavalheiro, mas Rind continuava recusando seus avanços. Finalmente, Odin metamorfoseou -se em uma jovem curandeira, que foi aceita como a camareira da princesa quando esta adoeceu (segundo consta, em razão de um feitiço maligno feito pelo próprio Odin). Ao curá-la, Odin revelou quem ele era e conseguiu, finalmente, derreter o coração congelado da princesa, tornando-a mãe de seu filho Vali, o vingador da morte de Baldur, concedendo-lhe também a condição de Deusa.

Essa lenda é a adaptação cristã de um antigo mito da terra congelada pelos rigores do inverno, personificada por uma giganta, que resistia ao abraço caloroso do Sol, semelhante à história da deusa Gerda. Possivelmente o mito era o mesmo, diferindo apenas os nomes, conforme a localização geográfica dos cultos.

Outras fontes descrevem Rind como uma deusa solar, que saía da sua morada cada manhã e só voltava ao anoitecer, permanecendo isolada até a manhã seguinte, simbolizando, portanto, a abertura quanto o isolamento, tanto o dia quanto a noite.

Elementos: terra, gelo.


Animais totêmicos: urso-polar, loba, foca, andorinha.


Cores: branco, verde.


Árvores: choupo, pinheiro, tuia, amieiro.


Plantas: arnica, bálsamo, sálvia, snow drop (”pingo-de-neve”).


Pedras: calcedônia, calcita, malaquita.


Símbolos: floco de neve, gelo, raios solares, escudo, ervas curativas, joias.


Runas: Isa, Jera, Hagalaz, Sowilo, Cweorth, Sol.


Rituais: para descongelar (ou esfriar) situações; remover barreiras e obstáculos, abrir (ou fechar) o coração, atrair (ou repelir) pessoas, colaborar ou se isolar.


Palavras-chave: abertura, isolamento.

Deusa Rhiannon

Deusa Rhiannon


Seu nome significa "Divina Rainha das Fadas", sendo considerada uma Deusa da Lua. É também conhecida como a Deusa dos pássaros, dos encantamentos, da fertilidade e do submundo. Ela se identifica com a noite, a emoção, o sangue, o drama.

Rhiannon é a donzela saída do mundo subterrâneo e neste aspecto, relaciona-se com a Deusa Perséfone. Sua iconografia vincula-se ao simbolismo eqüino. Andava em um cavalo branco, vestida com um manto de penas de cisnes, sempre acompanhada por seus pássaros mágicos. Ela é venerada na Irlanda, no País de Gales, na Gália (Epona), mas também aparece na Iugoslávia, África do Norte e Roma.


Algumas imagens de Rhiannon, onde ela se apresenta com cestas de frutos e flores, nos remetem ao simbolismo da fertilidade e abundância da terra. Acho que realmente sempre houve sua associação com as Deusas-Mães.

Rhiannon era uma Deusa gaulesa da morte, filha de Hefaidd, Senhor do Outro Mundo. Vivia sempre acompanhada por três pássaros mágicos, que podiam encantar os vivos e acordar os mortos.


Texto: Neli Cigana

ORAÇÃO À RHIANNON


Canta os pássaros de ouro

Tragam esperanças para as almas ocupadas

Canto em honra a Rhiannon

Grande Rainha, Deusa do Cavalo

Que minha carga seja leve

Ajude-me em minhas aflições

Onde possa haver dúvida

Semeie a verdade

Faça com que a crise

encontre o seu fim

Dirija todos passos de nossa vida

Mãe da fertilidade e da morte

Nos traga a paz

Que esta canção lhe seja doce

Conforte minha alma

Que minha pena seja breve

E que meu coração permaneça inteiro.

Deusa Rhea


Deusa Rhea


Rhea, Mãe das Montanhas.

Na Grécia, comemorava-se Rhea, a Mãe das Montanhas. Rhea era uma antiga deusa de Creta.

De acordo com a mitologia, Rhea era uma Titã, filha de Uranos, que representava o Céu, e filha de Gaia, a Terra. Era irmã e esposa de Cronos e com ele gerou seis filhos: Héstia, Hades, Deméter, Poseidon, Hera e Zeus. Por isso é também conhecida como Mãe dos Deuses. Cansada de ter seus filhos devorados pelo próprio marido, se refugiou nas montanhas para dar à luz. Zeus nasceu numa caverna do monte Dicte. Depois, Rhea deu à Cronos uma pedra enrolada em panos no lugar do filho. O marido enganado engoliu a pedra sem perceber a troca.

O nome Rhea pode ter sido derivado de “chão” ou de “fluxo”. Na mitologia romana é identificada com a Deusa Cibele.

Era reverenciada com procissões de címbalos, flautas, tambores e tochas acesas.

Se você quiser também fazer uma invocação à Deusa, então acenda uma vela verde e mentalize: “a Terra nos dá seus frutos, por isso eu louvo e agradeço à Mãe Terra.

A segunda maior lua de Saturno tem o nome de Rhea.


fonte do texto e foto: Agenda Esotérica

Deusa Ranu Bai


Deusa Ranu Bai

Ranu Bai e a Chuva.

Celebrava-se a deusa hindu da chuva, da fertilidade e da primavera chamada Ranu Bai.

As mulheres que não conseguiam ter filhos reverenciavam esta deusa na esperança de um dia engravidarem. Levavam vasilhas com água de chuva para suas estátuas e pediam-lhe que fertilizasse seus ventres.

Na Austrália, a deusa aborígine da chuva chamava-se Wonambi. Era vista como uma serpente guardiã do arco-íris.

Celebre este dia usufruindo do poder purificador da chuva. Caso não chova neste dia, mentalize um passeio sob a chuva em que a água lava sua alma e leva embora os aborrecimentos que por ventura possam estar lhe tirando o equilíbrio.

Se puder, recolha um pouco de água da chuva e a guarde para lavar seus objetos esotéricos, cristais, pedras etc.

texto e fonte: Agenda Esotérica

Deusa Rana Neidda


Deusa Rana Neidda

“ A Deusa da Primavera ”


Cultuada pelos nativos sami, do extremo norte da escandinávia, Rana Neidda era a personificação do desabrochar da primavera e se manifestava como uma jovem coberta de folhas e flores que conduzia as renas para os lugares ensolarados. Acreditava-se que ela transformava os campos cobertos de neve em pastos verdes, para alimentar as renas e favorecer sua produção. Ela escolhia, principalmente, as colinas voltadas para o Sul, onde apareciam os primeiros brotos. Para obter seus favores, os sami ofereciam-lhe uma roda de fiar ou um fuso coberto de sangue e colocado em seu altar de pedras. O sangue originariamente era menstrual, substituído depois pelo de algum animal sacrificado.

Elementos: terra.


Animais totêmicos: rena, alce.


Cores: branco, verde, amarelo.


Árvores: álamo, bétula, faia.


Plantas: grama, musgo, snow grop (”pingo-de-neve”, a primeira planta que brota na primavera).


Pedras: pedra-do-sol, calcopita, berilo.


Datas de celebração: 17/04.


Símbolos: roda de fiar, fuso, pedras, brotos, neve, sangue menstrual.


Runas: Isa, Jera, Sowilo, Tiwaz, Berkana, Sol.


Rituais: de menarca e da menopausa; para abençoar novos começos; para proporcionar fertilidade; auxílio nas transações e mudanças.


Palavras-chave: desabrochar.






Texto: Mirela Faur " Mistérios Nórdicos"

Deusa Ran


Deusa Ran

Deusa Marinha.

De extrema beleza e talento musical, Ran tinha o dom da sedução, da magia e da transmutação. A forma que mais gostava de assumir era a de uma bela sereia.

O mar era chamado O Caminho de Ran pois os navegantes sabiam que nas profundezas dele esta Deusa era quem abrigava os que se afogavam. E estes ficavam para sempre sob os seus domínios.

Seus cabelos eram compridas algas marinhas banhadas num perfume sedutor. Era sempre representada coberta de muitas joias. Com uma de suas mãos segurava o leme do barco e com a outra, recolhia em sua rede os afogados para seu reino escuro e encantado no fundo do mar.

Era comum os marinheiros escandinavos levarem consigo moedas de ouro nas viagens pois dizia a lenda que se os afogados resgatados por ela portassem ouro, a Deusa magicamente os devolvia à vida, mas nos reino submerso. E onde também seriam tratados com regalias. A eles lhes seria permitido assistirem a seus enterros. E se alguém de sua família os vissem, acreditaria que estavam em boas mãos, aos cuidados da Deusa.

Os navios daquela época ostentavam em suas proas a figura de Ran entalhada em madeira como sinal de proteção e reverência à Deusa.

Ran era casada com o deus Aegir com quem teve 9 filhas, as donzelas das ondas. Elas também tinham o dom da transmutação. Se transformavam em sereias e costumavam no inverno se aproximar das fogueiras que os pescadores faziam nos acampamentos. Assumiam corpos e trajes de mulheres para seduzi-los. Depois de fazer amor com eles, os deixavam e estes, definhavam de tristeza e de saudades até a morte.

Ran também era chamada de Deusa Marinha das Tempestades pois zangava-se quando algum marinheiro não tratava bem seu marido ou filhas. Era considerada protetora das moças e mulheres solteiras e também dos afogados.

fonte: Agenda Esotérica

Deusa Qetesh


Deusa Qetesh
Qetesh, Deusa Suméria.



Qetesh era uma deusa Suméria adotada pelos egípcios. Seu culto foi muito popular durante o Império Novo. Era deusa da fertilidade e do prazer.


Em suas representações, Qetesh está montada num leão e segurando serpentes em uma mão e na outra, uma flor de lótus. Também era considerada mulher do deus Min, deus da virilidade.


Era também chamada de “Senhora de Todos os Deuses”, “Senhora das Estrelas do Céu” entre outros nomes.


fonte do texto e foto: Agenda Esotérica

Deusa Prosérpina

Deusa Prosérpina





FESTIVAL DE PROSÉRPINA

Este festival romano homenageia a Rainha do Submundo.

Esta deusa ajuda a despertar um tesouro oculto nas profundezas do espírito.

Acenda uma vela e cerque-a com pedras negras, fazendo um círculo.

Peça a Prosérpina para trazer à tona essa parte luminosa e adormecida de sua alma. Enquanto faz o pedido, vá retirando as pedras uma a uma.

Deusa da agricultura, na mitologia romana, filha de Júpiter e de Ceres, foi raptada por Plutão, enquanto colhia flores.

Plutão, deus do mundo dos mortos, levou-a para os infernos, de que veio a ser rainha, fazendo dela sua mulher, de quem teve as Fúrias:

Fúrias eram divindades infernais, do ódio, da vingança e da justiça.

Monstros da vingança dos deuses,eram virgens caçadoras, de asas rápidas e fisionomia terrível.

Eram três: Megera, Tisífone e Alecto.

A primeira, personificava a inveja e o ódio, perseguia os culpados e semeava a discórdia entre eles; a segunda, armada de um chicote, açoitava-os; e a terceira, a mais terrível, personificava a cruel vingança.

São elas o símbolo do remorso, que corrói o coração dos culpados.

Deusa Perséfone

Deusa Perséfone





Na mitologia grega, Perséfone era filha de Zeus e da deusa Deméter, da agricultura, tendo nascido antes do casamento de seu pai com Hera.

Quando os sinais de sua grande beleza e feminilidade começaram a brilhar, em sua adolescência, chamou a atenção do deus Hades que a pediu em casamento. Zeus, sem sequer consultar Deméter, aquiesceu ao pedido de seu irmão. Hades, impaciente, emergiu da terra e raptou-a levando-a para seus domínios (o mundo subterrâneo), desposando-a e fazendo dela sua rainha.

Sua mãe, ficando inconsolável, acabou por se descuidar de suas tarefas: as terras tornaram-se estéreis e houve escassez de alimentos, e Perséfone recusou-se a ingerir qualquer alimento e começou a definhar. Deméter, junto com Hermes, foram buscá-la ao mundo dos mortos (ou segundo outras fontes, Zeus ordenou que Hades devolvesse a sua filha). Como entretanto Perséfone tinha comido algo (uma semente de romã) concluiu-se que não tinha rejeitado inteiramente Hades. Assim, estabeleceu-se um acordo, ela passaria metade do ano junto a seus pais, quando seria Coré, a eterna adolescente, e o restante com Hades, quando se tornaria a sombria Perséfone. Este mito justifica o ciclo anual das colheitas.

Mais tarde, Perséfone tornou-se a Rainha do Inferno. Todas as vezes que os heróis e heroínas da mitologia grega desciam para o reino inferior, Perséfone lá estava para recebê-los e ser sua guia. Nunca estava ausente para ninguém. Nunca havia sinal na porta dizendo que ela fora para casa com a mãe, embora o mito diga que ela fazia isso dois terços do ano ao lado de Hades.

Na “Odisseia”, o herói Odisseu (Ulisses) viajou para o Inferno, onde Perséfone lhe mostrou as almas das mulheres de reputação legendária. No mito de Psique e Eros, a última tarefa de Psique era descer ao mundo das trevas com uma caixa para Perséfone encher de unguento de beleza para Afrodite. O último dos doze trabalhos de Hércules também o levou a Perséfone. Hércules teve que obter a permissão dela para emprestar Cérbero, o feroz cão de guarda de três cabeças, que ele dominou e colocou em uma corrente.

Perséfone é normalmente descrita como uma mulher possuidora de uma beleza estonteante, pela qual muitos homens se apaixonaram, entre eles, Pírito e Adônis. Foi por causa deste último que Perséfone se tornou rival de Afrodite, pois ambas disputavam o amor do jovem, mas também outro motivo era porque Afrodite tinha inveja da beleza de Perséfone. Embora Adônis fosse seu amante, o amor que Perséfone sentia por Hades era bem maior. Os dois tinham uma relação calma e amorosa. As brigas eram raras, com exceção de quando Hades se sentiu atraído por uma ninfa chamada Menthe, e Perséfone, tomada de ciúmes, transformou a ninfa numa planta, destinada a vegetar nas entradas das cavernas, ou, em outra versão, na porta de entrada do reino dos mortos.

Entre muitos rituais atribuídos à entidade, cita-se que ninguém poderia morrer sem que a rainha do mundo dos mortos lhe cortasse o fio de cabelo que o ligava à vida. O culto de Perséfone foi muito desenvolvido na Sicília, ela presidia aos funerais. Os amigos ou parentes do morto cortavam os cabelos e os jogavam numa fogueira em honra à deusa infernal. A ela, eram imolados cães, e os gregos acreditavam que Perséfone fazia reencontrar objetos perdidos.

Conta-se, ainda, que Zeus, o pai da Perséfone, teve amor com a própria filha, sob a forma de uma serpente.

Apesar de Perséfone ter vários irmãos por parte de seu pai Zeus, tais como Ares, Hermes, Dionísio, Atena, Hebe, Apolo, entre outros, por parte de sua mãe Deméter, tinha apenas um irmão, Pluto, um deus secundário que presidia às riquezas. É um deus pouco conhecido, e muito confundido como Plutão, o deus romano que corresponde a Hades. Preciosas informações retiradas de antigos textos gregos, citam que Perséfone teve um filho com Zeus: Sabásio, era de uma habilidade notável, e foi quem coseu Baco na coxa de seu pai.

A rainha é representada ao lado de seu esposo, num trono de ébano, segurando um facho com fumos negros. A papoula foi-lhe dedicada por ter servido de lenitivo à sua mãe na ocasião de seu rapto. O narciso também lhe é dedicado, pois estava colhendo esta flor quando foi surpreendida e raptada por Hades. Perséfone, com Hades, é mãe de Macária, deusa de boa morte.

O ARQUÉTIPOComo vimos, Perséfone tinha dois aspectos: o de jovem e o de Rainha do Inferno. De jovem despreocupada, ela se torna a deusa madura, que acaba se tornando Rainha absoluta do Mundo Avernal, governando os espíritos mortos ao lado de seu marido, Hades, Sombrio Senhor da Morte.

Essa dualidade também está presente como dois padrões arquetípicos. Todas nós mulheres podemos ser influenciadas por um dos dois aspectos, podendo crescer um para o outro, ou podemos ser igualmente jovens e rainhas presentes em nossa psique.

O mito tem muito a dizer para as mulheres da atualidade que se esforçam para compreender toda a espécie de intrigantes experiências psíquicas na natureza ou que, de uma forma ou de outra, são atraídas a trabalhar com a morte ou sofreram grandes tragédias pessoais em suas vidas.

Compreender o significado da descida de Perséfone e sua ligação espiritual é particularmente urgente. Joseph Campbell, que já foi inigualável autoridade em mito e religião, sugeriu que o despontar generalizado da consciência de Perséfone seria parte de um “crepúsculo dos deuses”.

Entretanto, devemos ter consciência, que viver boa parte da vida “entre os mortos”, pode exercer pressão sobre qualquer pessoa de temperamento mediúnico, especialmente quando estas experiências forem erroneamente interpretadas ou temidas, como costuma ser o caso.

O mundo avernal é essencialmente um mundo de espíritos e como tal, carece de ardor, afeição e se dissocia do que chamamos de realidade. A maneira de um médium lidar com este domínio de existência e com suas ameaças de dissociação psíquica, constitui, portanto, um desafio sem igual.

O segredo está em abraçarmos o lado escuro com o lado luminoso desta deusa dentro de nós. Como já disse o velho alquimista Morienus:” O portal da paz é sobremaneira estreito,e ninguém poderá atravessa-lo senão pela agonia de sua própria alma.”

(pt.wikipedia.org / e por Rosane Volpatto)

Deusa Pax

Deusa Pax



Deusa Pax, Deusa Romana da paz e harmonia, identificada com a
deusa grega Concórdia.
Ritual de Pedido para a paz no mundo

Acenda seu incenso de jasmim e entoe:

" Que haja paz entre todas as pátrias.

Que aja harmonia entre todos os povos.

O amor cósmico entra em cada coração e cada mente.

Tosas as lutas são substituídas pela paz.

Pelo poder do Supremo Criador dentro de mim, Assim Seja!"


fonte do texto: http://www.luzemhisterio.com.br
fonte da foto: annaleao.blogspot.com

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Pasowee–A Mulher Búfalo


Pasowee–A Mulher Búfalo

Copyright © Monika von Koss

As Mulheres Búfalo pertencem a uma das sociedades secretas dos Kiowa, uma tribo do Alasca e do Canadá, que viveu na área de Wyoming, antes de seu posterior assentamento em Kansas e Oklahoma. Especialmente associadas com ritual, dança e cura, uma de suas histórias relata a trajetória de Pasowee.

Ainda criança, foi roubada de sua família no meio da escuridão da noite, vivendo por muitos anos em campo estrangeiro. Sentia-se tão saudosa daqueles que havia conhecido, que um dia fugiu para a floresta, escapando apenas para se encontrar perdida em um lugar que não conhecia.

Lá, no fim de um longo dia de fuga, estava diante dela a pele de um búfalo há muito morto, um abrigo para a noite. Escorregando para debaixo da pele, Pasowee adormeceu, quando sonhos estranhos fluíram como águas caudalosas por sua mente. O búfalo havia voltado à vida.

Ele falou com ela em uma língua que ela entendia. Contou-lhe de curas que podiam ser encontradas em seu corpo e como poderiam ser usadas para curar doenças. Contou-lhe que sua pele poderia ser usada como abrigo, do mesmo modo que a tinha mantido quente durante a noite.

Sussurrou-lhe a sabedoria das eras em seus ouvidos adormecidos. E depois, antes do amanhecer, ele lhe contou dos campos repletos das pessoas de quem ela tinha sido roubada muitos anos antes e quais riachos e correntes seguir para chegar até eles novamente.

Quando a luz da manhã abriu seus olhos, ela não esqueceu a noite de sonhos. Sentando por um momento numa colina ali perto, ela observou dois lobos matarem outro búfalo, exatamente como o espírito do búfalo há muito morto havia profetizado. Roendo no búfalo que eles mataram, os dois lobos satisfizeram seus estômagos vazios, como o espírito do búfalo há muito morto havia previsto em seus sonhos.

Confiando então no espírito do búfalo, Pasowee esperou que os lobos tivessem sua parte, depois cortou carne suficiente para ela. Quando a carne estava suficientemente seca para ser comida ao longo do caminho, ela iniciou sua jornada.

Seguindo as águas rápidas descritas pelo búfalo, Pasowee reuniu-se com seu povo. Com alegria eles receberam a mulher que não tinham visto desde a infância e pediram-lhe para contar de seu tempo desde que foi levada. Em resposta silenciosa, Pasowee mostrou um pedaço de pele de búfalo que ela havia carregado consigo. Então ela o secou sobre as pedras que ainda estavam quentes do fogo. Todos observaram Pasowee, que costurava um círculo de pele de búfalo a um círculo de pele de veado, pregando cuidadosamente o casco e o rabo do búfalo a esta bolsa de couro, na qual ela colocou a medicina que lhe foi transmitida no sonho do búfalo.

O milagre da medicina do búfalo trouxe alegria e boa saúde para o povo Kiowa. Mas ainda havia mais sabedoria que o espírito do búfalo tinha dado a Pasowee para ensinar a seu povo. Assim, ela conduziu as jovens mulheres e os jovens homens do campo para a floresta, onde viviam as grandes árvores. Andando em volta de um bosque quatro vezes, eles entraram no bosque e Pasowee escolheu um choupo, em cujo galho mais baixo ela pendurou um pano. As pessoas jovens ficaram no bosque até o sol desaparecer. Ali eles permaneceram toda a noite, sob as estrelas que cintilavam entre as folhas dos galhos mais altos.

Quando a luz da manhã veio, Pasowee enviou os jovens homens para encontrar um búfalo. Cercada pelas mulheres, ela se pôs diante da árvore que tinha o pano, com um machado firme nas mãos. Três vezes ela girou o machado contra a árvore e na quarta, ela começou a cortar. Quando a grande árvore caiu ao chão, ela mostrou às mulheres como pintar o tronco de preto carbono e os galhos de vermelho ocre. Depois, separando os galhos vermelhos dos pretos, as mulheres fizeram o primeiro deodogiada, o primeiro mastro central de um tipi.

Então ela escolheu o lugar onde ficaria o tipi e ensinou às mulheres como amarrar as cordas para que, puxando por elas, o círculo de mulheres fizesse o deodogiada erguer-se tão alto e reto como havia feito na floresta. Em volta do mastro central, as mulheres colocaram mastros menores, 22 ao todo. E perto da base do deodogiada, elas colocaram pequenos galhos vermelhos, apitos, penas, seixos e uma cuba com raspas de cedro, exatamente como Pasowee as instruiu.

O cheiro do cedro queimando recepcionou os jovens homens quando voltaram com o búfalo. Dez sóis haviam passado, quando a pele estava seca e costurada e fixada no lugar. Assim foi que, do espírito do búfalo, Pasowee ensinou ao povo Kiowa como construir suas casas. É por este motivo que Pasowee é lembrada como Mulher Búfalo, Mulher de Medicina, a escolhida pelo espírito do búfalo para ensinar os Kiowa.

Fonte: Ancient Mirrors of Womanhood – Merlin Stone

Monika von Koss em maio de 2009

fonte do texto: http://www.monikavonkoss.com.br/site/indice-de-artigos/95-pasowee-a-mulher-bufalo

Deusa Pales

Deusa Pales

Pales e os Animais Domésticos.

Pales é deusa romana protetora do gado e dos animais domésticos. Seus cabelos parecem coroados de louro e nas mãos possui um punhado de palha.

No Festival chamado Palília, para se reverenciar esta deusa, enfeitavam-se os animais com galhos verdes. Depois eles eram passados pela fumaça das fogueiras com o objetivo de afugentar as más vibrações. E ainda oferecia-se leite e bolo à Pales pedindo suas bênçãos.

No seu dia (20 de abril), é um bom dia para dar um banho nos seus animais domésticos e mentalizar a purificação deles. Limpe também o cantinho deles e coloque essência e galhos de eucalipto. Depois invoque a proteção da deusa para que zele por eles.

texto e fonte: Agenda Esotérica

Deusa Pachamama

Deusa Pachamama




Pachamama, santa tierra

Kusiya, kusiya!

Vicuña cuay,

Amá mi naicho,

Kusiya, kuisya!...

Eu canto uma canção de amor

A partir das pedras do meu corpo

Dos picos mais altos das minhas montanhas

Das areias quentes dos meus desertos

Eu a acaricio com folhas verdes

Plantas verdes

Eu a banho em vegetais

Alimento-a em seus seios

A Terra

Eu a acalmo com águas cintilantes

Refresco-a com meus oceanos

Minha canção de amor para você

É o meu corpo

A Terra

Para alimentá-la

Vesti-la

Acolhê-la

Aprenda a minha canção

E ela vai curar você

Cante a minha canção e ela a fará inteira

Dance comigo e você será sagrada.

Nosso planeta possui vários centros magnéticos, todos localizados nas Cordilheiras do Himalaia e dos Andes. A primeira representa a radiação magnética masculina e a outra a feminina. O complemento da energia masculina do Himalaia é a energia mãe dos Andes. Esta energia tocou tão fundo os habitantes dos Andes, que eles reconhecem a Terra como Pachamama, a Mãe de toda a Vida.

O mágico Vale Sagrado dos Incas, localiza-se no Hemisfério Ocidental da América do Sul, mais precisamente no Peru, entre a selva e a serra. Sua posição geográfica, fez com que o homem desta região. Desenvolvesse um conhecimento dirigido na busca de sua integração com a Natureza. Por isso, os Incas. tem um modo diferente e particular de ver e entender o Mundo como um Ser Vivo, sempre interligado ao homem.


O CORPO DA TERRA


Para os Incas, a Terra também possui um corpo com centros de energia importantíssimas, que equivalem ao coração, ao fígado, aos pulmões e aos intestinos do Planeta.

Durante o Ciclo Anterior, a Terra esteve regida energeticamente pelo Himalaia, esta cadeia montanhosa masculina. Este centro energético regia a espiritualidade natural do Planeta. Agora nosso Mundo passa por um processo de reversão, porque tudo é cíclico. O Himalaia adormece e a energia dos Andes desperta, o que Favorecerá muito a criatividade e a intuição.

Para ficar mais claro o conceito destas energias (masculina/feminina), exemplificamos dizendo que no ato e cultivar a terra, a energia masculina é aquela força que abre o sulco. A energia feminina é a que permite a transformação da semente. A energia masculina, portanto, é aquela que de posse do conhecimento, o faz ação. A energia feminina é a que produz a transformação.

O Masculino é a força do intelecto, que predominou no Ciclo Planetário Anterior. Aqui se explica o porque do patriarcado e da mulher ter sido relegada a certos planos de atividade na vida.

Com a espiritualidade regida pela energia feminina dos Andes, cada um de nós será seu próprio Sacerdote para comunicar-se com o Grande-Espírito. Não é por acaso que cada vez mais necessitamos encontrar um sentido para nossa vida, pois estamos em busca de uma conexão verdadeira com a fonte de energia universal. Podemos chamá-la de Grande-Espírito, Inti Jinti, Energia Criadora, o nome que acharmos melhor. Só ao nos conectarmos é que compreenderemos que nossa passagem aqui não é casual. Cada um de nós tem uma função e um papel a desempenhar. Não somos meros viajantes descompromissados, viemos à Escola da Terra para aprendermos e evoluirmos.


PACHAMAMA, A DEUSA DE TODA A VIDA


A necessidade que temos de nos conectarmos com a Fonte Criadora através do nosso próprio sentir e observar, se chama espiritualidade natural. Em cada nascer do Sol, em cada nova vida ou no desabrochar de uma flor, compreendemos que existe um grande mistério. São nestes pequenos milagres cotidianos que vislumbramos o sorriso da Pachamama, a nossa Mãe-Terra.


O saber inigualável do Povo Inca, sempre se revestiu de um caráter sagrado, que é muito bem expressado nos Rituais de homenagem a Pachamama, mas também se reflete em suas atitudes de respeito não só com a natureza como com todos os homens.

Na Terra dos Incas a Pachamama se identifica também como a "Deusa do Dragão", que habita as profundezas da montanha e que ocasionalmente provoca terremotos.

A deusa Pachamama é atualmente, a deusa da Terra do Quecha (fazendeiros da comunidade isolada da montanha), assim como de todos os Peruanos, Bolivianos e de todo o nordeste da Argentina.

"facha" significa "tempo" na língua Kolla, mas seu significado engloba o universo, o mundo, o tempo, o lugar, enquanto que "Mama" é mãe. A Pachamama agrega um deus feminino, que produz e agrega. Ela é adorada em suas várias formas: os campos arados, as montanhas como seios e os rios caudalosos como seu leite. Refere-se também, ao tempo que cura as dores, que distribui as estações e que fecunda a Terra. Esta Mãe Terra teve seu culto idolatrado por todo o Império, pois era a encarregada de propiciar a fertilidade nos campos. Para garantir uma boa colheita, espalha-se farinha de trigo na plantação e celebram-se rituais em sua homenagem.

A Pachamama é considerada a Mãe dos homens, é ela que amadurece os frutos e multiplica o ganho. Tem o poder que lhe permite acabar com as geadas, pragas, assim como outorga sorte as casas. Também é conveniente solicitar sua permissão e proteção para viajar por territórios montanhosos. A sua influência benéfica impede que o "mal das alturas" afetem os viajantes.

Dizem que Pachamama é ciumenta e vingativa, mas nunca deixa de favorecer aqueles que ganham a sua simpatia. Ela interfere em todos os atos da vida e os demais deuses indígenas lhe devem obediência. Quando as pessoas deixam de respeitá-la, esta Deusa-dragão manda terremotos para lembrar os homens de sua presença.

Toda a natureza constitui o templo desta Deusa, mas dizem que sua morada encontra-se no Carro Branco (Nevado de Cachi) e conta-se que no cume existia um lago. Esta ilha é habitada por um touro de chifres dourados, que ao bramar emite pela boca nuvens de tormenta. A Pachamama é descrita como sendo uma índia de estatura baixa, com pés grandes, com um sombreiro na cabeça e que aparece sempre acompanhada por um cachorro preto muito feroz. As víboras se tornam dóceis com sua presença e por vezes ela as faz de lato.

A Pachamama é considerada ainda, a criadora do Sol, da Lua e das Quatro Pachamitas, as estações, e como Deusa celeste habita a Constelação do Cruzeiro do Sul. Um mito sagrado conta que no princípio dos tempos Ela desceu das estrelas à terra para criar a vida.

Pachamama também é uma Deusa Tríplice que habita: o Céu "Janaj facha", a Terra "Kay facha" e as Profundidades "Ukhu facha". A oferenda de 1 de Agosto celebra essa tripla dimensão com o simbolismo das pedras, do céu e das estrelas.

A comida e a bebida: são os frutos de seu corpo terrestre.

O poço: seu útero e sua presença nas profundezas da terra.

Entre muitas crenças relacionadas com a PACHAMAMA, há uma advertência, que avisa que durante todo o mês de agosto, deve-se fazer uma cruz antes de sentar-se no solo e não tomar muito sol, pois a terra está aberta faminta e pode nos levar. Para a cosmogonia indígena andina, a chuva é masculina e Pachamama é sedenta, e por isso que as sementes emprenham quando chove.


RITUAL CHA'LLA

É costume que toda a terça-feira de carnaval se faça a ch'alla da casa, dos instrumentos de trabalho, do urro, outros lugares e objetos considerados importantes para os bolivianos. Em outros momentos da vida Familiar e outros em âmbito público, como é o caso da festas religiosas, também são realizados o ritual da cha'lla. Porém, nesse último espaço tal ritual se dá de forma velada com o simples gesto de verter um gole de Bebida ao chão (Pachamama), ou ainda orvalhando a imagem do santo(a), com algumas gotas de bebida.

Pachamama espera você de braços abertos. Este é o momento de curar e lembrar-se da sua santidade. Você está ligado à Mãe Terra como um ser vivo ou ainda acha que ela está inerte aos seus pés? Está por acaso com um problema que lhe traz muito sofrimento? Ou você é daqueles que come o pão e bebe a água sem agradecer à Terra? Ou está em busca de respostas para suas perguntas? Encontrar-se com Pachamama é algo que pode acorrer em qualquer lugar, é só querer. Essa aproximação pode se dar num parque, no jardim de sua casa, numa nata ou até mesmo no deserto.

Pachamama nos fala que a cura só se processará no momento em que você abrir seu coração para ela.


A CORPACHADA


Este é um dos ritos consagrados à Pachamama. Esta deusa de origem Inca, junto a Inti (Rei Sol) e a Mama Quilla (Lua) formam a trindade astrológica veneranda pelos calchaquies.

A Pachamama é a energia germinadora da natureza. Como os mortais, entretanto, ela sente fome e sede. O seu culto consiste na "corpacharla", isto é, dar-lhe de comer. Para tanto, cava-se profundas covas, onde se enterram todo o tipo de comida e bebida. Este ritual é acompanhado de rezas e invocações à deusa. A Pachamama é muito generosa para com as pessoas que lhe fazem este tipo de agrado.

A Ela se oferece a placenta do recém-nascido, enterrando-a entre as flores, para que abençoe à criança. Para viver um grande amor, os apaixonados também enterram mechas de seus cabelos.

A Pachamama acolhe em seus braços todos os seus filhos e abraça-os com carinho para dar-lhes refúgio no final de suas jornadas.


ABRINDO-SE PARA PACHAMAMA

Se você conseguir um lugar ao ar livre, tanto melhor, mas procure um lugar onde se sinta segura e longe de olhares de muitos curiosos. Se não achar tal lugar, pode ser dentro de sua casa mesmo.

Sente-se ou ponha-se de pé sobre a Terra (Pachamama), com a coluna ereta. Respire fundo e sinta o cheiro da Pachamama. Tente alcançar o perfume da flor mais próxima de você. Você já deve ter sentido o cheiro do aroma do oceano, assim como o perfume da terra molhada, não é gostoso? Pois sentir o aroma das flores e suas folhas é bem mais fácil! Agora você deverá inspirar profundamente e enquanto solta o ar. abra os braços e entregue-se para Pachamama. Deixe-a envolver com seus perfumes e suas sensações. Sinta seu amor e proteção envolvê-la. Pachamama é a Mãe de todos que se aproximam e habitam nela. Deixe que seus meios de cura a confortem, deixe ela tecer as falhas apresentadas pelo seu ser. Você poderá vê-la sentada ao seu lado em sua frente ou segurando seus braços. Tente ser o mais receptiva possível, de modo que ela perceba que deseja imensamente abra~rá-la. Peça-lhe um pouco de colo. carinho e amor. Oferte a ela com prazer tudo que ela lhe pedir (poderá lhe pedir algo para beber, comer ou fumar), com gratidão. Respire então profundamente e solte o ar bem devagar. Em seguida abra os olhos bem devagar.

Seja bem-vinda!



FONTE http://cantinhodosdeuses.blogspot.com.br/search/label/Deusa%20Pachamama

Deusa Tiamat


Deusa Tiamat
Acredito que seja da Rosana Volpatto

A DEUSA DRAGÃO

O reino da Babilônia se desenvolveu ao sul da Mesopotâmia durante 2200 até 538 a. C., quando os persas conquistaram a cidade. Os babilônios eram os herdeiros do grande legado cultural dos antigos sumérios.

Para os babilônios como para o sumérios, o rei obtinha sua autoridade diretamente dos Deuses. Por exemplo, o rei Hammurabi afirmava que havia recebido as leis de seu Código diretamente da mão do Deus Sol Shamash. Os reis eram tão importantes que, em anos recentes, o agora condenado ditador Saddam Hussein (nascido em 1937), justificava em parte sua soberania sobre o Iraque atual, comparando-se com o rei Nabucodonosor, que governou desde o ano de 606 até 562 a. C.

A história de Tiamat pode ser encontrada no épico babilônico Enuma Elish, data do século XIX-XVI a. C., que foi cantada ante a estátua de Marduk, Deus principal babilônico, celebrando a fundação do mundo e da própria Babilônia que era o centro do mundo.

Tudo inicia-se com o caos aquático. Apsu a água doce que origina rios e riachos, e Tiamat, o mar ou as águas salgadas (representada na forma de um dragão), combinam seus poderes para criar o universo e os Deuses. Os primeiros dois Deuses chamaram-se: Lachmu e Lachamu. A primeira prole se reproduziu e formou-se outra prole. Esses Deuses irritavam profundamente Apsu que convocou seu auxiliar Mummu e foram juntos a Tiamat, a quem disseram que a descendência de ambos deveria ser eliminada para que regressasse a tranqüilidade. Tiamat, entretanto, enfureceu-se rechaçou a idéia, pois embora estivesse perturbada com os ruídos dos deuses, os perdoava.

As crianças-Deuses acabam descobrindo que Apsu tinha plano de matá-las e enviam o Deus Ea para matá-lo primeiro.

Tiamat não apoiava os planos de Apsu de destruir seus filhos mas, diante da morte de seu esposo, passa a lutar contra eles. A Deusa encontra outro companheiro, Kingu, com quem gera vários monstros: serpentes de garras venenosas, homens-escorpiões, leões-demônios, monstros-tempestade, centauros e dragões voadores. Depois, partiu para a retaliação.

Antes designou Kingu como chefe de seu exército dizendo:

-"Exaltando-te na assembleia dos Deuses, eu te dou o poder para dirigir todos eles. Tu és magnífico e meu único esposo. Que os Anunnaki exaltem teu nome." Entregou-lhe então as Tábuas do Destino.

As crianças-Deuses temiam lutar contra Tiamat até que Marduk, filho de Ea, decidi lutar contra ela. O restante dos deuses rebentos prometeram a Marduk que, em caso de vitória, ele seria coroado como rei dos Deuses.

Marduk teceu uma rede e apanhou Kingu e todos os monstros. Ele os acorrentou e os atirou no Submundo. Partiu então para matar Tiamat. Primeiro Marduk cegou o dragão com seu disco mágico, possivelmente representado pelo próprio sol, pois o Deus era também um herói-solar. Depois feriu mortalmente Tiamat com uma lança, símbolo da vontade criativa e procriação. O herói teve ainda o auxílio dos sete ventos para destruir Tiamat. Com metade do corpo dela ele fez o céu, e com a outra metade a Terra. Tomou sua saliva e formou as nuvens e de seus olhos fez fluir o Tigre e o Eufrates. Finalmente de seus seios criou grandes montanhas.

Os humanos foram criados a partir do sangue de Kingu misturado com terra. Marduk, de posse das Tábuas do Destino, criou em seguida. uma habitação para os Deuses no céu, fixou as estrelas e regulou a duração do ano e fundou a cidade da Babilônia para que fosse sua residência terrestre.

Outros mitos, descrevem o processo de criação como um fluxo contínuo de energias originadas do sangue menstrual de Tiamat, armazenado no Mar Vermelho ou Tiamat, em árabe. Foi essa a razão pela qual, mesmo após a interpretação patriarcal do mito, na qual foi acrescentada a figura de Marduk, que teria matado Tiamat, o Dragão do Caos e criado o mundo com seu corpo, foi mantido na Babilônia, durante muito tempo, o calendário menstrual, celebrando os Abbats e nomeando os meses do ano de acordo com as fases da Lua.

O mistério de Tiamat e de Marduk era comemorado anualmente na Babilônia durante o Ano Novo ou no festival de Akitu.

Pouco resta da magnífica cidade da Babilônia, somente uns quatro bancos de barro às margens do rio Eufrates, sul da atual Bagdá, Iraque. Porém um dia, a cidade da Babilônia foi famosa por seus "jardins suspensos", uma das maravilhas do antigo mundo. No coração da cidade estava o templo de Marduk, a Casa da Fundação do Céu e da Terra.

Como em incontáveis mitos, a origem de toda a vida teria vindo do mar primordial, quer na terra, ou no céu, mas o que existe de comum em todas estas possíveis procedências são as trevas primordiais. São delas que se origina a luz, sob a forma de luz ou estrelas e do dia acompanhado pelo sol. É esse fator comum, a escuridão da noite primordial como símbolo do inconsciente que explica a identidade entre o céu noturno, terra, mundo inferior e água primordial anterior à luz. Com efeito, o inconsciente é a mãe de todas as coisas, e tudo o que surgiu depois e permanece na luz da consciência está em uma relação filial com a escuridão. Designamos como urobórica, essa situação psíquica primordial, que abrange os opostos e, ma qual os elementos masculinos e femininos, os inerentes à consciência e os hostis a ela, confundem-se uns com os outros.

Na Babilônia, a unidade masculino-feminina dos uroboros era constituída por Tiamat e Apsu, que representavam o caos primordial da água. Mas é Tiamat, o verdadeiro elemento de origem, a mãe de todos os deuses, e a possuidora das tábuas do destino.

Deusa Ostera


Deusa Ostera

(autoria desconhecida)



Deusa Ostera, a Deusa da Fertilidade:

Ostera tinha uma especial afeição por crianças. Onde quer que ela fosse, elas a seguiam e a deusa adorava cantar e entretê-las com sua magia. Um dia, Ostera estava sentada em um jardim com crianças quando um amável pássaro voou sobre elas e pousou na mão da Deusa. Ao dizer algumas palavras mágicas, o pássaro se transformou no animal favorito de Eostre, uma lebre. Isto encantou as crianças.

Com o passar dos meses, elas repararam que a lebre não estava feliz com a transformação porque não podia mais cantar e tão pouco voar. Então as crianças pediram a Ostera que revertesse o encantamento e ela tentou de todas as formas, mas não conseguiu desfazer o encanto. A magia já estava feita e nada poderia revertê-la.

Mas na primavera seguinte, Ostera decidiu tentar devolver a alegria da pequena Lebre pelo menos durante a estação das flores e assim aconteceu. A lebre transformou-se em pássaro e de tão feliz que estava que botou ovos em homenagem a Deusa.

Para celebrar a liberdade da ave, às crianças que tinham feito tal pedido a Deusa, pintaram os ovos do pássaro e distribuiu para os parentes e amigos numa gentil tentativa de mostrar as pessoas que não devemos interferir junto as coisas da natureza.

Essa é apenas uma das lendas da Deusa Ostera, existem muitas outras, embora o sentido de todas elas sejam exatamente a mesma.

Deusa Nêmesis

Deusa Nêmesis

(autoria desconhecida; foto internet)
Deusa do Destino.





Hoje é o primeiro dia do Festival de Nêmesis. A deusa grega encarregada do destino.

Era também chamada de deusa da Retribuição. Era ela quem distribuía a sorte e a justiça uniformemente.

Nêmesis castigava com severidade todos cuja inteligência encontrava-se perdida pela arrogância e pelo orgulho. Assim como perseguia aqueles que gozavam de uma excessiva felicidade.

Como era uma criatura da noite, era responsável pelas Fúrias. As Fúrias eram três deusas vingativas que faziam o transporte das almas dos pecadores mortos para o Tártaro, região em que se aplicavam os castigos no mundo inferior.

Segundo a mitologia, para fugir das investidas de Zeus, Nêmesis se metamorfoseou em gansa. O deus se transformou em cisne e a ela seu uniu. Dessa conjunção, Nêmesis pôs um ovo e o escondeu num bosque sagrado. Um pastor o encontrou e o deu à Leda. Guardado num cesto, a seu devido tempo, nasceu Helena, a mulher de beleza fabulosa e por quem heróis e reis lutavam e guerras eram travadas.

Nêmesis também se tornou uma deusa dos esportes. Em Roma, era homenageada nas pistas de corridas.

O nome Nêmesis significa distribuir, dividir, tomar, receber legalmente. Os atributos dessa Deusa eram um ramo de macieira, rédeas, um chicote, uma espada e uma balança.

No seu dia, ou quando precisar, mentalize a resolução de qualquer problema. Um incenso de ópio e um novelo de lã já fazem um ritual. Após acender o incenso, vá enrolando em seus dedos a lã e pedindo à deusa que desembarace a parte da sua vida que está confusa. Peça a ela para mostrar-lhe a solução. Ao terminar de enrolar, a guarde próxima ao incenso. Repita esse ritual por três dias que é o tempo de duração do Festival. A intenção é que Nêmesis desembarace a sua vida. Boa sorte!

Deusa Nut


Deusa Nut



Nut, criadora da Via Láctea

Nut é a Deusa Egípcia considerada Mãe dos Céus, é o céu que acolhe os mortos de seu império. Ela era, originalmente, a Deusa do céu diurno, onde nascem as nuvens, mas passou a representar o céu de uma forma geral.

Parte do hieróglifo que forma seu nome é um pote com água ( água) que representa o útero. Seu nome também pode ser escrito como Neuth, Nuit e Nwt. Talvez até mesmo a Deusa Neith seja um desmembramento de Nut. É de seu nome que surgiram as palavras inglesas night (noite),nocturnal(noturno), and equinox (equinócio), e a palavra francesa nuit (noite).

Representada como uma mulher com o corpo, alongado, coberto de estrelas e a pele azul, normalmente ela está nua, com os pés e mãos tocando a terra, quando com roupas, seu vestido é escuro e coberto de estrelas. Ela também pode ser representada sob a forma de umavaca, com cada olho representando a Lua e o Sol ou carregando Rá em suas costas. Também há imagens dela como uma leitoa amamentando vários porquinhos.



Nut, Mãe dos céus

Enquanto mulher, seus braços e pernas, os pilares que sustentam seu corpo, o céu.

Ao ser retratada como uma mulher carregando um vaso na cabeça que, na verdade, é um pote com água, com que era honrada, o mesmo pote presente eu seu nome representando a água, o útero e a criação.

Ao ser representada por alusão a uma metamorfose por que espontaneamente teria passado. Era representada também por uma belíssima mulher, trazendo o disco solar orlando sua cabeça.

Com o seu corpo alongado, coberto por estrelas, forma o arco da abóbada celeste que se estende sobre a terra. É como um abraço da deusa do céu sobre Geb, o Deus da Terra.

Filha de Tefnut e Shu, esposa de Geb e mãe de Osíris, Isis, Seth, Néftis e Hathor, Nut é considerada um da das mais antigas deusas do Panteão Egípcio, com as suas origens sendo encontrado na história da criação de Heliópolis, onde, para os egípcios, se iniciou a obra da criação do mundo.


Morte

No túmulo de Tutankhamon foi encontrado junto a sua múmia um peitoral no qual era invocado a proteção desta deusa: “Nut minha divina mãe, abre tuas asas sobre mim enquanto brilharem nos céus as imorredouras estrelas”.

“Ó Nut do largo passo,

quando semeias a esmeralda, a malaquita,

a turquesa como estrelas!

Se tu és verde, eu também sou verde.

Verde como uma planta viva.”


Guia rápido de Correspondências:

Invoque Nut para: abundância, criação, fertilidade, geração, maternidade, morte, nutrição, proteção

Animais: Vaca, Porca

Aromas e ervas: benjoim, copo-de-leite, hissopo, jasmim, mirra, sândalo

Bebida: água, leite

Cores: azul claro, azul royal, prateado, preto

Face da Deusa: Mãe

Dia: Segunda-feira

Elemento: água

Estação do ano: Inverno

Símbolos: estrelas, Ankh, sistro, chifres, vaso






Papiro com a Deusa Nut

fonte do texto e fotos: http://dezmilnomes.wordpress.com/2010/10/17/deusa-egipcia-nut/

Deusa Néftis


Deusa Néftis

(acredito que o texto é da Rosane Volpatto)

A REVELADORA



A Néftis egípcia, cujo nome significa "fim" e "vitória" era conhecida como a Senhora do Palácios, Dama da Casa e A Reveladora. Era irmã de Ísis e a esposa de deus Seth. Enquanto Ísis representava a força da vida e do renascimento. Nephtys era a deusa do pôr-do-sol, dos túmulos e da morte. Seus respectivos cônjuges também representavam energias opostas. Osíris, o consorte de Isis, era o deus da fertilidade; Seth, o cônjuge de Néftis, representava a aridez, a esterilidade e a maldade. O deus Seth é também conhecido como o assassino de Osíris. Néftis é uma deusa guardiã e ajudou Ísis a colher os pedaços de Osíris quando Seth o destroçou. Também ajudou Ísis a reanimar o corpo de Osíris por tempo o bastante para que ela concebesse um filho. Por isso é muito frequente ver juntas ambas as deusas, uma na cabeça e outra nos pés do sarcófago. A Néftis é representada junto sua irmã, chorando e velando Osíris.

A morte para os egípcios antigos era uma passagem muito perigosa, pois quando a alma abandona o corpo, tudo se desune e todos os elementos corriam o risco de se manter dissociados do outro lado do espelho.

Portanto a morte implicava necessariamente em uma ação mágica: a preservação da coerência do ser durante a passagem deste mundo para o outro, para poder fazê-lo reviver do outro lado na sua plenitude. Para tal feito, se realizava o embalsamento. Segundo o esoterismo egípcio, o ser é composto de diversas qualidades, sendo mais conhecidas o "akh", a irradiação, o "ba", o poder de encarnação, e o "ka", a potência vital. Cada elemento tem uma existência independente. É através da arte mágica do embalsamento que todas as partes passavam pelas aberturas do céu, permitindo que o ser completo pudesse ir e vir. O sarcófago não era um túmulo ou um lugar vazio. Era considerado como um navio e como um ventre do céu. O espírito do "morto' entra e sai do sarcófago.


Apesar de ser representada como uma bela mulher de olhos verdes, Néftis era chamada de a irmã obscura de Ísis. Ela se encontrou clandestinamente com Osíris e dele concebeu Anúbis, que conduzia os mortos. Por vezes, era representada com longos braços alados estendidos em proteção; em outras vezes, ela carregava uma cesta em sua cabeça. Plutarco nos deu uma explicação bastante esotérica sobre estas duas irmãs:

"Neftis designa o que está embaixo da terra e que não se vê (isto é, seu poder é de desintegração e reprodução), e Ísis representa o que está sobre a terra e é visível (a Natureza física). O círculo do horizonte que divide estes dois hemisférios e é comum a ambos é Anúbis.

Como uma deusa da Lua Nova, Néftis se compadece e compreende as fraquezas humanas. Seu aconselhamento é justo e sábio. Ela rege as artes mágicas, os conhecimentos secretos, os oráculos e as profecias. Animais como serpentes, cavalos, cães brancos, e dragões eram seus, assim como aves como a coruja e o corvo. No Egito, o pentagrama (estrela de cinco pontas) era conhecido como a estrela de Ísis e Néftis.

Essa deusa regia a morte a magia escura, coisas ocultas, conhecimentos místicos, proteção, invisibilidade ou anonimidade, intuição, sonhos e paz. Néftis, apesar de seu aspecto obscuro, oculta toda a força do feminino em sua mais abnegada e sedutora expressão e representa ainda, a compreensão que nasceu do amor sem fronteiras.

Néftis pode nos apresentar a nossa porção sombra aquela parte de nossa psique que está sempre conosco e nos influenciando. A sombra engloba tudo aquilo que temos medo, vergonha, que consideramos inadequado ou que simplesmente não apreciamos em nós mesmos. Tentamos reprimir e nos livrar dessas coisas, sem perceber que, se celebrarmos um armistício para que possamos utilizar suas forças, podemos nos tornar pessoas mais poderosas e completas.

A porção de sombra pode também ser mensageira do subconsciente e dos deuses. Ao utilizar sonhos e visões, eles podem nos revelar o que é necessário para nossa proteção, sabedoria e expansão, tanto na vida física como na espiritual.


RITUAL EM BUSCA DE SONHOS REVELADORES (deve ser realizado na Lua Nova ou Lua Cheia)





De pé, perante o altar, erga os braços em saudação:


Eu chamo por Néftis para me proteger e instruir! Néftis, Dama da Vida, Senhora dos Deuses, Deusa Obscura das poderosas palavras de poder, Eu clamo sua presença,

Que sua força eterna esteja sempre Atrás de mim,

À minha frente,

Sob mim,

Acima de mim

Proteja-me, Mãe Obscura!

Antiga Mãe, a Sagrada de muitos nomes, Mostre-me os segredos dos sonhos.

Ensina-me a Magia Lunar e o conhecimento das ervas.

Dê-me sabedoria para lidar com meu lado de sombra,

Usando suas forças e superando suas fraquezas.

Eu lhe agradeço, Grande Senhora.


Prepare-se então e coloque um caderno perto de sua cama para que possa documentar todos seus sonhos até a próxima fase da Lua, pois Néftis se comunica primariamente através de sonhos, usando o poder da Lua. Você logo perceberá um padrão nos seus sonhos. Sonhos sob influência da Lua Cheia podem lidar com eventos de natureza psíquica, enquanto aqueles sob influência da Lua Nova são de natureza mais espiritual.

Um grupo de antropólogos egípcios encontrou um curioso papiro escrito há cerca de 4.000 anos. Nele se explica o significado de um sonho que havia tido um parente do faraó. O homem sonhara que um abutre devorava-lhe o fígado e que isso lhe proporcionava uma grande alegria. O sacerdote consultado disse que era anúncio de que, em breve, essa pessoa se libertaria de um grande peso que a impedia de ser feliz. Parece difícil entender por que essa pessoa, durante o sono, tinha uma sensação de alívio em vez de dor e angústia. O sacerdote, porém, não teve dúvidas. Ainda que a história tenha ficado inacabada para sempre, pois o resto do papiro não foi achado, tudo fica mais claro quando se sabe que os egípcios acreditavam, assim como os gregos, que a alma das pessoas estava alojada no fígado. Dessa forma, fica claro que o sonho mostra o desejo daquele e diga: homem de livrar-se de algum peso que atormentava sua vida. Um tratado egípcio da XII Dinastia (1.800 a.C.) detalha a forma em que os sonhos devem ser analisados e qual o conteúdo dos símbolos mais comuns.

Você não tem posse deste tratado nem conhecimento muito grande da religiosidade egípcia, mas fique atenta, pois cada vez que sonhamos estamos recebendo uma mensagem secreta proveniente da nossa consciência. Seu significado é sempre misterioso e pode ser interpretado de modos diferentes.

Deusa Nu Kua


Deusa Nu Kua


(autoria desconhecida; fotos internet)
A Criadora





Nu Kua é aDeusa chinesa responsável pela criação da humanidade.


Seu irmão e companheiro chama-se Fu Xi. Eles são adorados como sendo os primeiros antepassados dos seres humanos.


Conta a mitologia que há muito tempo houve um dilúvio e os únicos sobreviventes foram Nu Kua e Fu Xi. Quando as águas abaixaram eles haviam se transformado num casal de serpentes com cabeça de humanos. E teriam tido como filhos as plantas e os animais do mundo.


Ainda de acordo com a lenda, Nu Kua foi quem modelou os primeiros homens. Ao se ver entediada com esta tarefa, pegou uma corda, a molhou na argila úmida e a sacudiu sobre o chão. Nasceram dali duas classes de seres: os nobres, que foram modelados e os camponeses, que surgiram das gotas.


Depois Nu Kua fundiu várias pedras multicolorias e consertou a abóbada celeste.


Quando suas tarefas acabaram, a deusa se refugiou no céu, de onde observa e controla as ações dos homens e inspirando as mulheres em suas atividades com argila.


Se quiser entrar em contato com Ela, com a argila, modele um boneco e dê a ele coração e mente fraternos. Imagine que você está moldando o primeiro homem da face da terra e do qual todos os outros se inspirarão.

Deusa Nótt

Deusa Nótt

Deusa da Noite




Nótt é filha do gigante Narvi, junto com Naglfari foi mãe de Audr, mas ela se separou e se casou com Annar com quem teve sua filha Jord, se separou novamente e se casou com Delling que era um deus como ela, diferente de seus outros maridos, junto com Delling ela teve seu filho Dagr, ela e Delling ficaram juntos para sempre.

Nótt é a deusa da noite tem um cavalo chamado Hrimfaxi que acende as luzes da noite, Nótt atravessa o mundo junto com seu cavalo negro para espalhar a noite, depois de um tempo chega o seu filho Dagr em seu cavalo branco Skinfaxi para espalhar o dia.

Deusa Nyx


Deusa Nyx
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 
Nyx, deusa da noite (William-Adolphe Bouguereau -La Nuit (1883)

A deusa grega Nix era a personificação da noite. Uma das melhores fontes de informação sobre essa deusa provém da teogonia de Hesíodo. Muitas referências são feitas a Nix naquele poema que descreve o nascimento dos deuses gregos. A explicação é simples. A Noite desempenhou um papel importante no mito como um dos primeiros seres a vir à existência.

Hesíodo afirma que a Noite era filha do Caos, sendo a quinta criatura, depois de seus irmãosGaia, a mãe Terra, Tártaro, trevas abismais,Eros, o amor da criação e Érebo, a escuridão, a emergir do vazio. Dessas forças primordiaissobreveio o resto das divindades gregas.

Em sua Teogonia, Hesíodo também descreve a residência proibida da Noite:

Lá também está a melancólica casa da Noite;nuvens pálidas a envolvem na escuridão; Antes delas, Atlas se porta, ereto, e sobre sua cabeça, com seus braços incansáveis, sustenta firmemente o amplo céu, onde a Noite e o Dia cruzam um patamar de bronze e então aproximam-se um do outro .


Nyx é a patrona das feiticeiras e bruxas, é a deusa dos segredos e mistérios noturnos, rainha dos astros da noite. Nyx era cultuada por bruxas e feiticeiras, que acreditavam que ela dava fertilidade a terra para brotar ervas encantadas, e também se acreditava que Nyx tinha total controle sobre vida e morte, tanto de homens como de Deuses. Homero se refere a Nyx com o epíteto "A domadora dos Homens e dos Deuses", demonstrando como os outros Deuses respeitavam-na e temiam esta poderosíssima deidade.

Nyx, assim como Hades, possuía um capuz que a tornava invisível a todos, assistindo assim ao universo sem ser notada. Foi Nyx que colocou Hélios entre seus filhos (Hemera, Éter eHespérides), quando os outros Titãs tentaram assassinar Hélios. Zeus tem um enorme respeito e temível pavor da Deusa da Noite, Nyx. Os filhos de Nyx são a Hierarquia em poder para os Deuses, sua maioria são divindades que habita o mundo subterrâneo e representam forças indomáveis e que nenhum outro Deus poderia conter. Em uma versão, as Erínias seriam filhas de Nyx (Ésquilo).

Nyx aparece ora como uma deusa benéfica que simboliza a beleza da noite (semelhante aLeto) e ora como cruel deidade Tartárea, que profere maldições e castiga com terror noturno (Hécate e Astéria). Nyx é também uma Deusa da Morte, a primeira rainha do mundo das Trevas. Nyx também tinha dons proféticos, e foi ela quem criou a arma que Gaia entregou aCronos para destronar Urano. Nyx conhecia o segredo da imortalidade dos Deuses podendo tirá-la e transformar um Deus em mortal, como ela fez com Cronos, após este ser destronado por Zeus.

Algumas vezes, a exemplo de Hades, cujo nome evitava-se de pronunciar, dão a Nix nomes gregos de Eufrone e Eulalia, isto é, Mãe do bom conselho. Há quem marque o seu império ao norte do Ponto Euxino, no país dos Cimérios; mas a situação geralmente aceita é na parte da Espanha, a Esméria, na região do poente, perto das colunas de Hércules, limites do mundo conhecido dos antigos.

Filhos

Desposou Érebo, seu irmão, de quem teve o Éter (luz celestial) e Hemera (Dia). Mas sozinha, sem se unir a nenhuma outra divindade, procriara o inevitável e inflexível Moros (o Destino), as Queres (morte em batalha), os gêmeos Tânatos (Morte) e Hipnos (o Sono), Oniro (a legião dos Sonhos), Momos (escárnio), Oizus (miséria), as Hespérides, guardadoras dos pomos de ouro, as desapiedadas Moiras (Deusas do destino), Nêmesis (Deusa da retribuição), Apate(engano,fraude), Filotes (amizade) , Geras (velhice) Éris (Discórdia), Limos (a fome),Ftono(inveja), Ênio (Belona, deusa da carnificina), Lissa (a loucura) e Caronte o barqueiro do mundo dos mortos. Em resumo, tudo quanto havia de doloroso na vida passava por ser obra de Nyx, a maior parte dos outros descendentes da Deusa nada mais são que conceitos e abstrações personificados; sua importância nos mitos é muito variável. Na tradição Órfica, todo universo e demais Deuses primais nasceram do Ovo Cósmico de Nyx. Certos poetas a consideram como mãe de Urano e de Gaia; Hesíodo dá-lhe o posto de Mãe dos Deuses, porque sempre se acreditou que a Nyx e Érebo haviam precedido a todas as coisas.

Muito frequentemente colocam-na no mundo subterrâneo, entre Hipnos e Tânatos, seus filhos.

Hemera e as Hespérides nasceram para ajudar Nyx a não se cansar, assim nasceu o ciclo diário, Hemera trás o dia (relaciona com Eos, a aurora, e Helios, o Sol) ; as Hespérides trazem a tarde, (relaciona com Selene a lua) e Nyx traz a absoluta Noite, todas estas deidades em conjunto conduzem a dança das Horas; complementando estes ciclos temos outros Deuses de outras linhagens, como as Horas que representam ciclos mensais e anuais; Leto e Hécate que recebem o legado de Nyx como deidade da noite. As Moiras, filhas de Nyx (Cloto, Laquesis eÁtropos), são outra continuidade dos poderes gigantescos de Nyx do negro véu.

Representações

Quase todos os povos da Itália viam Nyx ora com um manto volante recamado de estrelas por cima de sua cabeça e archote derrubado, ora representavam-na como uma mulher nua, com longas asas de morcego e um fanal na mão. Representam-na também coroada de papoulas e envolta num grande manto negro, estrelado. Na mitologia grega a papoula era relacionada aHipnos, que a tinha como planta favorita e, por isso, era representado com os frutos desta planta na mão. Frequentemente, ela é representada coroada de papoulas e envolta num grande manto negro e estrelado. Às vezes num carro arrastado por cavalos pretos ou por dois mochos, e a deusa cobre a cabeça com um vasto véu semeado de estrelas e com uma lua minguante na testa ou como brincos.

Deusa Nike

Deusa Nike

(autoria desconhecida); foto: internet
Deusa da Glória.





Na Grécia Antiga realizava-se hoje um festival em homenagem à deusa do Triunfo e da Glória, chamada Nike. Para os romanos, ela tinha o nome de Vitória e assegurava a mesma nas batalhas.

Era representada por uma mulher alada com uma coroa de louros, uma guirlanda e uma folha de palmeira.

Nike era filha do titã Palante e da oceânida Estige. Como irmãos tinha Bia, a força, Crato, opoder, e Zelo, o ciúme. Conta a mitologia que sua mãe era a deusa dos juramentos solenes e que para se ter a vitória, era necessário promover um juramento consigo mesmo. Ou seja, era preciso desejar acertar para se alcançar o objetivo.

A marca Nike teve seu nome inspirado nessa deusa e o símbolo é o de uma asa, também em homenagem à Nike.

Uma dica pra o dia de hoje é escrever num papel algo que deseje muito conquistar. Depois o queime em uma vela laranja em homenagem a esta Deusa. Então se prepare para sonhar e arregimentar seu exército interior com mais uma espada a seu favor. Acredite em seus sonhos!

Deusa Nete Bekü


Deusa Nete Bekü


Nete Bekü: a Mãe do Mato

Fonte: Deusas Brasileiras – Mavesper Cy Ceridwen (leitura imprescindível)


"Senhora do Verde, Senhora da Magia


Venha trazer sua sabedoria, com os elementais verdes


Abençoada seja, Senhora da Magia!"


Senhora do Verde, é a Deusa portadora da sabedoria do reino vegetal. Se conecta com Ela quando se precisa do poder de cura do verde ou quando se deseja obter sucesso nas plantações ou conhecimentos de herbologia. Invocar Nete Bekü, que superou a cegueira, para transpor os obstáculos que não deixam ver claramente. Deusa dos vegetais, Nete Bekü também é Senhora da Visão e Criadora, porque formou seu povo de uma cabaça e abelhas.


Mito

Nete Bekü era uma mulher cega. Houve uma inundação e alagou tudo, a água carregou também Nete Bekü, que não teve como escapar. Quando estava sendo arrastada, ela conseguiu subir em um tronco bem grosso e esperou as águas baixarem. Mas a terra continuava toda molhada e não havia onde andar. Sozinha, ela chorou muito, todos os seus parentes haviam morrido. Enquanto isso, juntavam muitas abelhas em volta da mulher. Ela achou duas cabaças, furou, botou as abelhas dentro e tapou. Depois de uma semana, ela espocou a cabaça e dela saíram dois meninos. Ela os amamentou, e eles foram crescendo. Um dia, acharam um pé de mudubim e trouxeram para a mãe, perguntando o que era. Ela disse que aquilo podia ser comido e devia ser plantado. Depois, trouxeram outra folha, e ela identificou a macaxeira. Depois, foi a vez do milho. E assim foi, até que ela transmitiu o que sabia sobre o uso dos vegetais aos Kaninawás.