segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Hércules


Hércules






Hércules é filho de Zeus com Alcmena (uma mortal). Anfitrião, marido de Alcmena estava na guerra dos sete chefes e Zeus se transformou em Anfitrião para seduzir Alcmena, dessa união nasceu Hércules, como filho de uma mortal também era um mortal.

Zeus queria tanto que Hércules fosse imortal que pediu para Hermes que fizesse com que Hércules bebesse do peito de Hera e assim Hermes fez, aproveitou o momento em que a deusa dormia, colocou o bebe em seu colo, e ele começou a beber como planejado, mas depois de um tempo ele sugava com tanta violência que mesmo depois de ter acabado, o leite continuou correndo e ao cair na terra o leite se transformou na flor-de-lis, mas mesmo assim, Hércules não bebeu o suficiente para se tornar imortal, assim ficando apenas com a força de um deus.

Hércules desde pequeno foi perseguido por Hera; quando ainda era um bebê Hera enviou cobras para matá-lo, mas por ser um semi-deus Hércules pegou as cobras com as próprias mãos e as estrangulou; alguns anos depois Hera enviou mais uma serpente, só que dessa vez o alvo era Alcmena, matando-a facilmente. Hércules se casou com Mégara e com ela teve dois filhos.

Um dia, Hércules foi tomado por uma loucura causada por Hera , e acabou matando seus filhos e esposa.

Sentido-se culpado, Hércules foi até Delfos consultar o Oráculo, que disse para ele ser escravo de seu primo Eristeu por 12 anos para que ele encontrasse perdão.

Eristeu era simpatizante de Hera e dela recebeu a ideia de delegar a Hércules12 trabalhos muito perigosos, na esperança de matá-lo, mas não foi isso que aconteceu.

Depois de Hércules cumprir sua missão ele se liberta de Eristeu.

Logo ele se apaixona por Lole e recebe de Dejanira, como presente de núpcias, uma túnica toda ensanguentada, Hércules ao colocar a túnica, começa a sentir fortes dores.

A túnica estava grudada em seu corpo, penetrando cada vez mais em seu corpo, Hércules não aguenta mais a dor e se joga numa fogueira, mas nada acontece , então Hércules dá seu incrível arco e flechas para um jovem chamado Filoctédes e pede desesperado que o mate, o jovem atende ao pedido e Hércules parte para o Olimpo onde seu pai o torna imortal.


fonte: allofthemitology.blogspot.com

Deusa Ísis


Deusa Ísis



(acredito que o texto seja da Rosane Volpatto. Figuras internet)





Eu concebi carreguei e dei à luz a toda vida

Depois de dar-lhe todo meu amor

Dei-lhe também meu amado Osíris

Senhor da vegetação

Deus dos cereais para ser ceifado e nascer outra vez


Cuidei de você na doença fiz suas roupas observei seus primeiros passos


Estive com você até mesmo no final segurando sua mão para guiá-lo para a imortalidade


Você para mim é TUDO


E eu lhe dei TUDO


E para você eu fui TUDO


Eu sou sua Grande-Mãe, ÍSIS


Nossa amada Deusa Ísis foi cultuada e adorada em inúmeros lugares, no Egito, no Império Romano, na Grécia e na Alemanha. Quando seu amado Osíris foi assassinado e desmembrado pelo seu irmão Set, que espalhou seus pedaços por todo o Egito, Ísis procurou-os e os juntou novamente. Ela achou todos eles, menos

seu órgãos sexual, que substitui por um membro de ouro. Através de magia e das artes de cura, Osíris volta à vida. Em seguida, ela concebe seu filho solar Hórus.

Os egípcios ainda mantêm um festival conhecido como a Noite da Lágrima. Tal festival tem sido preservado pelos árabes como o festival junino de Lelat-al-Nuktah.


ÍSIS, DO MITO À HISTÓRIA

No começo só existia o grande, imóvel e infinito mar universal, sem vida e em absoluto silêncio. Não havia nem alturas, nem abismos, nem princípio, nem fim, nem leste, nem oeste, nem norte e nem sul. Das primeiras sombras se desprenderam as trevas e apareceu o caos. Desse ilimitado e sombrio universo surgiu a vida e, com ela, a estirpe dos Deuses.

Conta a mitologia solar que o criador de tudo foi Atum, o Pai dos Pais. A partir do momento que Atum toma consciência de si mesmo, ele tornou-se Rá.

Em sua infinita sabedoria, o Deus consciente, desejou e materializou uma separação entre si mesmo e as águas primordiais, desejando emergir a primeira terra seca em forma de colina a que os egípcios chamaram a "colina benben".

Então Atum criou os outros Deuses. Recolheu seu próprio sêmen na mão, e engolindo-o se fecundou a si mesmo. Vomitou, dando vida a Shu e Tefnut, o ar seco e o ar úmido.


ÍSIS E O NOME SECRETO DE RÁ





O Deus Sol Rá tinha tantos nomes que inclusive os Deuses não conheciam todos. Um dia, a Deusa Ísis, Senhora da Magia, se pôs a aprender o nome de todas as coisas, para tornar-se tão importante como o Deus Rá.

Depois de muitos anos, o único nome que Ísis não sabia era o nome secreto de Rá, assim decidiu enganá-lo para descobrir.

A cada dia, enquanto voava pelo céu, Rá envelhecia e até já começava a babar. Ísis recolheu sua baba e modelando-a com terra, deu forma a uma serpente, que depois colocou no caminho de Rá. Esse foi mordido e caiu ao solo agonizante. Ísis disse ao Deus que poderia curá-lo, desde que ele lhe revelasse seu nome secreto. Ele se negou, porém ao notar que o veneno da cobra era potente suficientemente para matá-lo, não teve outra opção a não ser revelá-lo. Com esse conhecimento secreto, Ísis pode apropriar-se de parte do poder de Rá.


ARQUÉTIPO DA MÃE-NATUREZA


Íris, deusa da lua, também é Mãe da Natureza. Ela nos diz que para este mundo continuar a existir tudo que é criado um dia precisa ser destruído. Ísis determina que não deve haver harmonia perpétua, com o bem sempre no ascendente. Ao contrário, deseja que sempre exista o conflito entre os poderes do crescimento e da destruição. O processa da vida, caminha sobre estes opostos. O que chamamos de "processo da vida", não é idêntico ao bem-estar da forma na qual a vida está neste momento manifesta, mas pertence ao reino espiritual no qual se baseia a manifestação material.

Com certeza, se a morte e a decadência não tivessem dotados de poderes tão grandes quanto as forças da criação, nosso mundo inteiro já teria alcançado o estado de estagnação. Se tudo permanecesse para sempre como foi primeiramente feito, todas as capacidades de "fazer" teriam sido esgotadas há séculos. A vida hoje estaria hoje totalmente paralisada. E, assim, inesperadamente, o excesso de bem, acabaria em seu oposto e tornar-se-ia excesso de mal.

Ísis, tanto na forma da natureza, como na forma de Lua, tinha dois aspectos. Era criadora, mãe, enfermeira de todos e também destruidora.

O nome Ísis, significa "Antiga" e era também chamada de "Maat", a sabedoria antiga. Isto corresponde a sabedoria das coisas como são e como foram, a capacidade inata inerente, de seguir a natureza das coisas, tanto na forma presente como em seu desenvolvimento inevitável, uma relação à outra.


ÍSIS E OSÍRIS (segundo Plutarco)


No Egito, assim como na Babilônia, o culto da lua precedeu o do sol. Osíris, Deus da lua, e Ísis, a Deusa da lua, irmã e esposa de Osíris, a mãe de Hórus, o jovem Deus da lua, aparecem nos textos religiosos antes da quinta dinastia (cerca de 3.000 a. C.).

É difícil fazer um estudo conciso sobre o significado do culto de Ísis e Osíris, pois, durante muitos séculos nos quais esta religião floresceu, aconteceram mudanças na compreensão dos homens em relação a ele.

Nos primeiros registros, Osíris, parece ser um espírito da natureza, concebido como o Nilo ou como a lua, o qual, pensava-se, controlava as enchentes periódicas do rio. Era o Deus da umidade, da fertilidade e da agricultura. Durante o período da lua minguante, Seth, seu irmão e inimigo, um demônio de um vermelho fulvo incandescente, devorava-o. Dizia-se que Seth tinha se unido a uma rainha etíope negra para ajudá-lo na sua revolta contra Osíris, provavelmente uma alusão à seca e ao calor, que periodicamente vinham do Sudão, assolavam e destruíam as colheitas da região do Nilo.

Seth era o Senhor do Submundo, no sentido de Tártaro e não de Hades, usando-se termos gregos. Hades era o lugar onde as sombras dos mortos aguardavam a ressureição, correspondendo, talvez, à ideia católica do purgatório. Osíris era o Deus do Submundo neste sentido, Tártaro é o inferno dos condenados, e era deste mundo que Seth era o Senhor.

Nas primeiras formas do mito, Osíris era a lua e Ísis a natureza, Urikitu, a Verde da história Caldéia. Mas, posteriormente, ela tornou-se a lua-irmã, mãe e esposa do Deus da lua. É neste ciclo que este mito primitivo da natureza começou a tomar um significado religioso mais profundo. Os homens começaram a ver na história de Osíris, que morreu e foi para o submundo, sendo depois restituído à vida pelo poder de Ísis, uma parábola da vida interior do homem que iria transcender a vida do corpo na terra.

Os egípcios eram um povo de mente muito concreta, e concebiam que a imortalidade poderia ser atingida através do poder de Osíris de maneira completamente materialista. Era por essa razão que conservavam os corpos daqueles que tinham sido levados para Osíris, através da iniciação, como conta o "Livro dos Mortos"; com efeito, acreditavam que, enquanto o corpo físico persistisse, a alma, ou Ka, também teria um corpo no qual poderia viver na Terra-dos-bem-aventurados, como Osíris que, no texto de uma pirâmide da quinta dinastia, é chamado de "Chefe daqueles que estão no Oeste", isto é, no outro mundo.

Ísis e Osíris eram irmãos gêmeos, que mantinham relações sexuais ainda no ventre da mãe e desta união nasceu o Hórus-mais-velho. No Egito, nesta época, era hábito entre os faraós e as divindades a celebração de núpcias entre irmãos, para não contaminar o sangue.

A história continua contando que quando Osíris tornou-se rei, livrou os egípcios de uma existência muito primitiva. Ensinou-lhes a agricultura e a feitura do vinho, formulou leis e instruiu como honrar seus deuses. Depois partiu para uma viagem por todo o país, educando o povo e encantando-o com sua persuasão e razão, com a música, e "toda a arte que as mesas oferecem".

Enquanto ele estava longe sua esposa Ísis governou, e tudo correu bem, mas tão logo ele retornou, Seth, que simbolizava o calor do deserto e da luxúria desenfreada, forjou um plano para apanhar Osíris e afastá-lo. Confeccionou um barril do tamanho de Osíris. Então convidou todos os Deuses para uma grande festa, tendo escondido seus setenta e dois seguidores por perto. Durante a festividade, mostrou seu barril que foi admirado por todos. Prometeu dá-lo de presente àquele que coubesse nele. Então todos entraram nele por sua vez, mas ele se ajustou somente a Osíris. Neste momento, os homens escondidos apareceram e, rapidamente lacraram a tampa do barril. Levaram-o e jogaram no rio Nilo. Ele boiou para longe e alcançou o mar pela "passagem que é conhecida por um nome abominável".

Este evento ocorreu no décimo sétimo dia de Hator, isto é, novembro, no décimo oitavo ano de reinado de Osíris. Ele viveu e reinou por um ciclo de vinte e oito períodos ou dias, porque ele era a lua, cujo ciclo completa-se a cada vinte e oito dias.

Quando Ísis foi sabedora dos acontecimentos fatídicos, cortou uma mecha de seu cabelo e vestiu roupas de luto e vagou por todos os lugares, chorando e procurando pelo barril. Foi seu cachorro Anúbis, que era filho de Néftis e Osíris, que levou-a até o lugar onde o caixão tinha parado na praia, no país de Biblos. Ele havia ficado perto de uma moita de urzes, que cresceram tanto com sua presença, que tornou-se uma árvore que envolveu o barril. O rei daquele país mandou cortar a tal árvore e de seu tronco fez uma viga para a cumeeira de seu palácio, sem sequer imaginar que o mesmo continha o barril.

Ísis para reaver seu marido, fez amizade com as damas de companhia da rainha daquele país e acabou como enfermeira do príncipe. Ísis criou o menino dando-lhe o dedo ao invés de seu peito para mamar.

Os nomes do rei e da rainha são: Malec e Astarte, ou Istar. Bem sugestivo, pois nos faz ver que Ísis teve que recuperar o corpo de Osíris de sua predecessora da Arábia.

Acabou tendo que revelar-se para a rainha e implorou pelo tronco da árvore que continha o corpo de Osíris. Ísis retirou o barril da árvore e levou-o consigo em sua barcaça de volta para casa. Ao chegar, escondeu o caixão e foi procurar seu filho Hórus, para ajudá-la a trazer Osíris de volta à vida.

Seth que havia saído para caçar com seus cachorros, encontra o barril. Abriu-o e cortou o corpo de Osíris em catorze pedaços espalhando-os. Aqui temos a fragmentação, os catorze pedaços que obviamente referem-se aos catorze dias da lua.

Ísis soube do ocorrido e saiu à procura das partes do corpo. Viajou para longe em sua barcaça e onde quer que achasse uma das partes fazia um santuário naquele lugar. Conseguiu reunir treze das peças unindo-as por mágica, mas faltava o falo. Então fez uma imagem desta parte e "consagrou o falo, em honra do qual os egípcios ainda hoje conservam uma festa chamada de "Faloforia", que significa "carregar o falo".

Ísis concebeu por meio dessa imagem e gerou uma criança, o Hórus-mais-jovem.

Osíris surgiu do submundo e apareceu para o Hórus-mais-velho. Treinou-o então para vingar-se de Seth. A luta foi longa, mas finalmente Hórus trouxe Seth amarrado para sua mãe.

Este é o resumo do mito.

Os cerimoniais do Egito eram relacionados com esses acontecimentos. A morte de Osíris, interpretada todos os anos, bem como as perambulações de Ísis e suas lamentações, tinham um papel conspícuo. O mistério final de sua ressureição e a demonstração pública, em procissão, do emblema de seu poder, a imagem do falo, completavam o ritual. Era uma religião na qual a participação emocional da tristeza e alegria de Ísis tinha lugar proeminente. Posteriormente, tornou-se de fato uma das religiões nas quais a redenção era atingida através do êxtase emocional pelo qual o adorador sentia-se um com Deus.


ARQUÉTIPO DA PROVEDORA DA VIDA


E pelo poder de Isis, através de seu amor, que o homem afogado na luxúria e na paixão, eleva-se a uma vida espiritual. Ísis, antes de tudo, é provedora da vida. Comumente é representada amamentando seu filho Hórus,


pois ela é a mãe que nutri e alimenta tudo que gera. Ísis com seu bebê no colo, acabou transformada na

Virgem Maria com o menino Jesus.

Embora Isis fosse considerada como mãe universal ela era venerada como protetora das mulheres em particular. Sendo aquela que dá a vida, que presidia sobre vida e morte, ela era protetora das mulheres durante o parto e confortava aquelas que perdiam seus entes queridos. Em Ísis, as mulheres encontravam o apoio e a inspiração para prosseguirem com suas vidas. Ísis proclamava ser, em hinos antigos, a deusa das mulheres e dotava suas seguidoras de poderes iguais aos do homem.

Esta deusa é também frequentemente representada como uma deusa negra. Este fato está diretamente associado ao período de luto de Íris (morte de Osíris), quando ela vestia-se de preto ou ela própria era preta.

As estátuas pretas de Ísis tinham também um outro sentido. Plutarco declara que "suas estátuas com chifres são representações da Lua Crescente, enquanto que as estátuas com roupa preta significavam as ocultações e as obscuridades nas quais ela segue o Sol (Osíris), almejando por ele. Consequentemente, invocam a Lua para casos de amor e Eudoxo diz que Ísis é quem os decide".

No Solstício de Inverno, a deusa, na forma de vaca dourada, coberta por um traje negro, era carregada sete vezes em torno do Santuário de Osíris morto, representando as perambulações de Ísis, que viajou através do mundo pranteando sua morte e procurando pelas partes espalhadas de seu corpo. Este ritual, era um procedimento mágico, que tencionava prevenir que a seca invadisse as regiões férteis do Nilo, pois a ressurreição de Osíris era, naquela época, um símbolo da enchente anual do Nilo, da qual a fertilidade da terra dependia.


ÍSIS E HÓRUS


Muita conhecida de todos os nós é a história de Hórus, o filho de Ísis, a deusa do Egito, tanto quanto os também tão estimados e conhecidos Maria e o menino Jesus no cristianismo. Entretanto, existem algumas diferenças entre os dois: a Ísis é adorada como uma divindade maternal muito antiga. Algumas vezes é representada com um disco do sol (ou lua) na cabeça, flanqueada à direita e à esquerda por dois chifres de vaca. A vaca era e é por seu úbere dispensador de leite o animal-mãe, usado em muitas culturas como símbolo materno. Outra diferença fundamental entre Ísis e Maria é também o fato de Ísis ter sido venerada como a grande amada. Ainda no ventre materno ela se casou com seu irmão gêmeo Osíris, que ela amava acima de tudo.

Nos rituais antigos egípcios, executados para obter a ressurreição, o olho de Hórus tinha papel muito importante e era usado para animar o corpo do morto cujos membros tinham sido reunidos. Hórus, filho e herdeiro por excelência, é invocado também, para que impeça a ação do répteis que estão no céu, na terra e na água, os leões do deserto, os crocodilos do rio.

Protetor da realeza, Hórus desempenha ainda, o papel capital do deus da cura. A magia de Hórus desvia as flechas do arco, apazigua a cólera do coração do ser angustiado.


ARQUÉTIPO DE CURA


Isis era invocada nas antigas escrituras como a senhora da cura, restauradora da vida e fonte de ervas curativas. ela era venerada como a senhora das palavras de poder, cujos encantamentos faziam desaparecer as doenças.

À noção de magia liga-se também, imediatamente ao nome de Ísis, que conhece o nome secreto do deus supremo. Ísis dispõe do poder mágico que Geb, o deus da Terra, lhe ofereceu para poder proteger o filho Hórus. Ela pode fechar a boca de cada serpente, afastar do filho qualquer leão do deserto, todos os crocodilos do rio, qualquer réptil que morda. Ela pode desviar o efeito do veneno, pode fazer recuar o seu fogo destruidor por meio da palavra, fornecer ar a quem dele necessite. Os humores malignos que perturbam o corpo humano obedecem a Ísis. Qualquer pessoa picada, mordida, agredida, apela a ísis, a da boca hábil, identificando-se com Hórus, que chama a mãe em seu socorro. Ela virá, fará gestos mágicos, mostrar-se-á tranquilizadora ao cuidar do filho. Nada de grave irá lesar o filho da grande deusa.

Ísis aparece em na nossa vida para dizer que é hora de meditar. Você tem desperdiçado sua energia maternal sem guardar um pouco para si mesma? Sua mãe lhe deu todo o amor que você precisou? Pois agora é tempo de você se dar "um colo" para curar as mágoas do passado. Todos nós precisamos de cuidados maternos, independente de sermos donzela, mãe ou mulher madura.


O VÉU DE ÍSIS

O traje de Ísis só era obtido através da iniciação, era multicolorido e usado em muitos cerimoniais religiosos.

O véu multicolorido de Ísis é o mesmo véu de Maias, que nos é familiar no pensamento hindu. Ele representa a forma sempre mutante da natureza, cuja beleza e tragédia ocultam o espírito aos nosso olhos. A ideia é a de que o Espírito Criativo vestia-se de formas materiais de grande divindade e que todo o universo que conhecemos era feito daquela maneira, como a manifestação do Espírito do Criador.

Plutarco expressa essa ideia quando diz:"Pois Ísis é o princípio feminino da natureza e aquela que é capaz de receber a inteireza da gênese; em virtude disso ela tem sido chamada de enfermeira e a que tudo recebe por Platão e, pelo multidão, a dos dez mil nomes, por ser transformada pela Razão e receber todas as formas e ideias".

Um hino dirigido a Ísis-Net exprime essa mesma ideia de véu da natureza que esconde a verdade do mistério dos olhos humanos. Net era uma forma de Ísis, e era considerada como Mãe-de-todos, sendo de natureza tanto masculina como feminina. O texto em que esse hino está registrado data de cerca de 550 a.C., mas é provavelmente muito mais antigo.

Salve, grande mãe, não foi descoberto teu nascimento!

Salve, grande deusa, dentro do submundo que é duplamente escondido, tu, a desconhecida!

Salve, grande divina, não foste aberta!

Ó, abre teu traje.

Salve, coberta, nada nos é dado como acesso a ela.

Venha receber a alma de Osíris, protege-adentro de tuas duas mãos.

O véu de Ísis, tem também significados derivados. Se diz que o ser vivo é pego na teia ou véu de Ísis, significando que no nascimento o espírito, a centelha divina, que está em todos nós, é preso ou incorporado na carne. Significa dizer, que todos nós ficamos emaranhados ou presos na teia da natureza. Essa teia é a trama do destino ou circunstâncias. É inevitável que devamos ser presos pelo destino, mas frequentemente consideramos este enredamento como infortúnio e queremos nos libertar dele. Se aceitarmos esta situação de o ser vivo estar preso a teia de Ísis, acabaremos encarando a trama de nossa vida de maneira diferente, pois é somente deste modo que o espírito divino pode ser resgatado. Se não fosse aprisionado desta forma, vagaria livremente e nunca teria oportunidade de transformar-se. Portanto, o espírito do homem precisa estar preso à rede de Ísis, caso contrário, não poderá ser levado em seu barco para a próxima fase de experiência.


DANÇA SAGRADA DOS SETE VÉUS

"Vê-la dançar é participar da força criadora que vibra no Cosmos; massa negra e pulsante explícita nos olhos e cabelos de Jhade. (...) Mãos se elevam em serpente e cortantes transformam em som o poder telúrico de seu ventre. Que os sons, manifestos em seu corpo, subam de encontro com o Eterno e sejam ouvidos além do tempo." (por W. Hassan)

A Dança dos Sete Véus tem sua origem em tempos remotos, onde as sacerdotisas dançavam no templo de Isis. É uma dança forte, bela e enigmática. Ela também reverencia à vida, os elementos da natureza, imita os passos dos animais e das divindades numa total integração com o universo. O coração da bailarina é tão leve quanto a pluma da Deusa Maat e é exatamente por isso que os véus são necessários, pois é deles que os deuses se servem para sutilizar o corpo da mulher. Os véus de Ísis, ao serem retirados, nos transmitem ensinamentos. Quando a bailarina usa dois véus, ao retirá-los nos diz que o corpo e espírito devem estar harmonizados. A Dança do Templo, que é usado três véus, homenageia a Trindade dos deuses do Antigo Egito: Ísis, Osíris e Hórus. A Dança do Palácio, com quatro véus, representa a busca da segurança e estabilidade e ao retirá-los a bailarina nos demonstra o quanto nos é benéfico o desapego das coisas materiais. Na Dança dos Sete Véus, cada véu corresponde a um grau de iniciação.

Os sete véus representam os sete chakras em equilíbrio e harmonia, sete cores e sete planetas.Cada planeta possui qualidades e defeitos que influenciam no temperamento das pessoas e a retirada de cada véu representa a dissolução dos aspectos mais nefastos e a exaltação de suas qualidades.


Significado das cores:


Vermelho: libertação das paixões e vitória do amor

Laranja: libertação da raiva e dos sentimentos de ira

Amarelo: libertação da ambição e do materialismo

Verde: saúde e equilíbrio do corpo físico

Azul : encontro da serenidade

Lilás: transmutação da alma, libertação da negatividade

Branco: pureza, encontro da Luz.


Toda mulher deixa transbordar seu essência através da dança. Todas aquelas emoções reprimidas, sentimentos esquecidos, afloram. Toda e qualquer mulher que consegue penetrar nos mistérios e ensinamentos dessa prática, se revelará de forma pura e sublime e alcançará o êxtase ao dançar.


Dançar é minha prece mais pura

Momento em que meu corpo vislumbra o divino,

Em que meus pés tocam o real

Religiosidade despida de exageros,

Desejo lascivo, bordado de plenitude

Através de meus movimentos posso chegar ao inatingível

Posso sentir por todos os corpos, abraçar com todo o coração,

E amar com os olhos

Cada gesto significativo desenha no espaço o infinito,

Pairando no ar, compreensão e admiração

Iniciar uma prece é como abrir uma porta

Um convite a você, para entrar em meu universo

O mágico contorna minha silhueta, ao mesmo tempo

Que lhe toco sem tocar

Nada a observar, só a participar

Esta prece ausente de palavras

É codificada pela alma

E faz-nos interagir, de maneira sublime e hipnótica

Quando eu terminar esta dança,

Estarei certa de que não seremos os mesmos.


RITUAL DE ÍSIS PARA A LEALDADE

Você pode usar esse ritual para pedir à Ísis que reforce sua lealdade se se sentir tentada (o) a trair a confiança de alguém, ou para pedir que outra pessoa lhe seja leal.


Deve sempre ser realizado pela manhã e se possível imediatamente ao levantar-se da cama. Necessitará de uma granada, a pedra preciosa que simboliza a lealdade. A pedra pode estar solta ou presa em alguma joia.

Acenda uma vela branca e coloque à sua frente. Suspenda a vela em frente a vela, de maneira que brilhe à luz da chama. Enquanto observa a luz brilhando através da granada, pense em tudo que necessitas fortalecer no sentido da lealdade.

Imagine você, ou a pessoa que a(o) preocupa, em uma situação que possa trair a confiança. Pense que você, ou essa pessoa, resistem ao impulso. Por exemplo, pode visualizar uma situação em que um amigo pede para revelar um segredo, porém você resiste, dizendo:

"Não, não posso lhe dizer".

Agora coloque a granada em seu bolso e use-a como joia até que sinta que a ameaça da deslealdade tenha passado.

Deusa Zorya



Deusa Zorya






Zorya é a Deusa tríplice do céu estrelado. Em todas as suas manifestações. Zorya surge como guardiã do mundo e da humanidade.


Hoje celebra-se a Deusa Tríplice das Estrelas, Zorya, venerada na Rússia. Pode ser descrita como as três irmãs: a Zorya da estrela da Manhã, a da estrela da Tarde e a da estrela da Meia-noite.

A da estrela da Manhã abre os portões do Céu para a carruagem com o deus Sol passar. Ela vem montada num cavalo e vestida como um bravo guerreiro.

A estrela da Tarde abre as portas do Céu quando o Sol retorna.

E é nos braços da estrela da Meia-noite que o Sol morre todos os dias antes de ser lançado de volta à vida para ela.

São como guardiãs do mundo e cuidam para que o cão preso à Constelação da Ursa Menor, não quebre sua corrente e devore as estrelas. Se ele se soltar pode acabar com o universo, acontecendo o Juízo Final.

Zorya é uma deusa associada com a morte, o renascimento, a magia e a sabedoria.

Na mitologia eslava, também é a Deusa da Aurora, uma grande guerreira que nasceu armada para dissipar as forças da noite.

Geralmente as deusas guerreiras são representadas vestindo uma armadura flamejante ou coberta de ouro, prata e joias.




Um dia ótimo, portanto, para realizar um feitiço de proteção astral. Acenda uma vela de cor azul e concentre-se em sua chama. Imagine que a luz que ela irradia vem de uma estrela distante, Zorya. Peça à Deusa que ilumine seu caminho e cubra-o com sua poderosa proteção.


fonte do texto e foto: http://witchblue2009.blogspot.com.br/2011/08/dia-de-zorya-deusa-das-estrelas.html








Ritual do Dia: Oração pela Saúde -


Amados Senhor e Senhora,

Deus e Deusa da criação.

Peço que sua divina luz de cura restaure e tome conte de mim.

Peço que seu divino espírito de cura restaure e tome conte de mim.

Peço que seu divino amor e graça restaurem e tomem conta de mim.

Peço isso em nome do Senhor e da Senhora.

Abençoados sejam o Deus e a Deusa.


texto e fonte: http://www.luzemhisterio.com.br

Deusa Xochiquetzal


Deusa Xochiquetzal


DEUSA DO AMOR E DA BELEZA

Xochiquetzal significa "flor preciosa". Ela é a deusa das flores, do amor, criadora de toda a humanidade e intermediadora dos deuses. Era considerada ainda, a versão mexicana de Afrodite. Era também uma virgem da Lua, a Deusa Tríplice completa, e possuía um filho-amante muito semelhante a Adônis. Sua morada está localizada em Tamoanchan, depósito das águas universais da vida em que o homem deposita os zoospermas. Jugar paradisíaco, adornado de flores, de fluentes rios azuis e onde cresce a xochitlikakan, a árvore maravilhosa que basta os apaixonados descansem debaixo dela ou toquem seus galhos e suas flores para que vejam eternamente felizes.

Foi mulher do deus Tlaloc, deus da chuva, mas acabou sendo raptada por Tezcatlipoca que a levou aos nove réus. Permanecia um determinado tempo sobre a Terra, mas depois retornava ao seu lugar de origem.

Seu templo estava dentro do templo Maior de Tenochtitlan. Embora pequeno, reluzia entre bordados, dumas, pedras preciosas e adornos de ouro. Xochiquetzal tinha o poder de perdoar. A seu templo iam as mulheres grávidas, depois de tomar um banho lustral, para confessar seus pecados, pedir seu perdão e ajuda.

Em sua homenagem são celebradas grandes festas, nas quais se ofereciam flores, especialmente calêndulas. Ceve vários nomes incluindo Ixquina e Tlaelquani. Vivia no alto da montanha dos nove céus.

MITOLOGIA

Xochiquetzal, a Virgem da Lua, é a deusa dos prazeres do amor e dos pecados, das diversões, das danças, Ias canções, da arte, da fiação e da tecelagem. Ela é a deusa da união conjugal, bem como a padroeira das prostitutas. É frequentemente comparada com a deusa urobórica dos primórdios. Deusas como ela, representam Deusa Mãe, que simbolizam o crescimento e a fertilidade, uma concepção comum às ideias religiosas da imunidade.

Um lindo conto, que conservou uma grande quantidade de seus traços primordiais, apesar das modificações históricas pelas quais passou mais tarde, nos diz que:

Quetzalcoatl e sua irmã, que os demônios levam até ele, são embriagados. Entretanto, os verdadeiros dessedentes do delito cometido, cuja plena implicação permaneceria, de outro modo, incompreensível, são esclarecidos por uma história segundo a qual os demônios teriam levado até ele uma "prostituta" chamada Xochiquetzal. Essa prostituta é a própria deusa do amor e das meretrizes, idêntica à Grande Mãe, e !uetzalcoatl, seduzido por ela, torna-se Xochipilli, o príncipe das flores, isto é, da sedução exercida pela Deusa Mãe ele regride ao estado de seu filho-amante. Ele é representado sob um aspecto fálico como um deus que se posta entre a noite e o dia, levando como símbolo um báculo com corações nele espetados, semelhante ao juvenil Eros-Amor. Tal como no Egito, o sol matutino juvenil pertence ao céu noturno maternal; e, como príncipe das flores, refere-se à Mãe Terra da mesma forma que os jovens amantes fálicos da mitologia europeia asiática. Xochipilli é, pois, o amante da Madona asteca Xochiquetzal que, por sua vez, também o leva em seus ruços como filho.

Depois de ter cometido o delito, o Quetzalcoatl, entoa o lamento por si mesmo, no qual revela as circunstâncias antecedentes de seu crime:

"Ele compôs um lamento, um canto fúnebre,

Acerca de sua partida e cantou:

Ela me leva comigo, como se fosse seu filho,

Ela, Nossa Mãe, a deusa com seu manto de serpentes. Eu choro."

Aqui vemos claramente, que o Feminino mostrou-se mais forte que o Masculino, como terra de origem. Mãe e também como irmã-amante, responsável pela embriaguez. Na verdade, o Feminino também surgi aqui m sua forma dupla; entretanto, como figura de transformação da irmã ainda não se diferenciou da finura da Mãe elementar, o Feminino torna-se a Mãe Terrível, sinistra e fatídica.

ARQUÉTIPO DA MULHER JOVEM-VIRGEM

Xochiquetzal representa o arquétipo da mulher jovem no auge de sua potência sexual. Ela é a amante divinizada. Deusa extremamente feminina, é a própria personificação da sensualidade. Sua esfera de ação alcança o canto, a dança e a alegria. Ela é também a deusa dos pintores, escultores e bordadeiras. É a deidade da adivinhação e estava relacionada com a água. Xochiquetzal era a deusa primordial que protegia os amores lícitos. Em todo e qualquer tipo de atividade amorosa, esta deusa é protetora.

A identidade da virgem como a mãe urubórica primordial aponta para a figura da Grande Mãe original, considerada como virgem. De acordo com essa identidade arquetípica, Xochiquetzal é a mãe primordial do princípio dos opostos de vida e morte, morte e ressurreição, tais como foram todas as figuras das mães primordiais da humanidade.

ARQUÉTIPO DA MULHER GUERREIRA

Xochiquetzal, como a maioria dos deuses, forma parte de uma dualidade, que compartilha com o deus do unto, Xochipilli, as atividades artísticas e do fogo. É pois, por oposição, por dicotomia, que a deusa se associa om os deuses guerreiros. A unidade desse dualidade é o princípio guerreiro.

Convém acrescentar que a aparência desta deusa é de uma guerreira, carrega escudo, bandeira, flechas e um finto multicolorido na cintura. Xochiquetzal foi a primeira mulher a morrer na guerra. E, morrer na batalha aplica em dizer, que esta Deusa-Mãe foi a primeira mulher a ser sacrificada, já que a guerra foi instaurada elos deuses nos primórdios dos tempos, para que o Sol tivesse, por meio de sacrifícios, a sua comida: o sangue os corações.

As mulheres que morriam durante o parto eram os equivalentes femininos dos guerreiros mortos nos campos de batalha. E entre os mexicanos, não há dúvida, que se celebra a maternidade, uma maternidade articular, exaltada quando havia um desenlace fatal e que vinha a constituir-se um paralelo da proeza masculina guerreira. Se trata de um exemplo típico do conceito da dualidade-unidade tão fundamental para o pensamento náhuatl.

SUAS FESTAS

Nas festas em homenagem a essa deusa, participavam as sacerdotisas e guerreiros. Nestas festividades era sacrificada uma donzela em "nome do amor".

Durante a festividade de Atamalqualiztli para honrar Xochiquetzal se adornava o templo de Huitzilopochtli com ramos e flores, entre os quais apareciam dançando e bebendo seu mel, jovens vestidos de pássaros e mariposas.

Muito importante foi o seu culto!

FEITIÇO DA LUA

Xochiquetzal é a Deusa Virgem da Lua, que tem o poder de atrair para você o verdadeiro amor. Esse feitiço serve para determinar se a conquista de um amor vale a pena.

Com tinta marrom, rosa ou verde, escreva as seguintes palavras mágicas em um pedaço de papel: Em uma floresta no céu, cresce a xochitlikakan, a árvore dos apaixonados.

Sorrio para a Lua

Ajoelhada (ajoelhe-se) para saber sobre o ser amado.

(Diga para a Lua) Brilhe, ofusque, Venha, ó luar

A incerteza no coração Começa a me preocupar Prata para o ódio Ouro para amor Mostre um anel No alto do céu.

Em uma noite de lua cheia, saia ao ar livre ou vá até a janela onde possa banhar-se à luz da lua e recite o feitiço. Quando disser o primeiro verso, visualize a árvore da deusa Xochiquetzal bem florida. Quando tiver terminado o feitiço, levante os olhos para a lua, procurando um sinal.

Observe que a polaridade amor-ódio no feitiço indica sim-não, o ódio portanto, não deve ser interpretado como se a pessoa a odiasse literalmente. Um anel ou brilho prateado em torno da lua indica "não". Nesse caso, você não deve buscar o interesse do seu atual amor. Um anel ou brilho dourado diz: "Vá em frente!"

Deusa Walpurga, Walburga, Waelbyrga


Deusa Walpurga, Walburga, Waelbyrga


“A Renovadora”




O nome Walburga é atribuído a uma santa cristã, de origem inglesa, que no século XVIII, na Alemanha, se tornou abadessa de um convento chamado Heidenheim (”lar dos pagãos”). Sua vida não foi marcada por nenhum evento especial; porém, após sua morte, um óleo milagroso começou a brotar de sua lápide e, por ter efeitos curativos, passou a ser recolhido pelos monges e distribuído aos necessitados. A igreja considerou o fato milagroso e Walburga doi canonizada.

Da análise de alguns detalhes, como a atribuição à santa de uma das celebrações da Roda do Ano do calendário teutônico (Walpurgisnacht, equivalente ao Sabbat Celta "Beltane"), pode-se perceber os acréscimos e as distorções cristãs feitas aos antigos arquétipos e comemorações da Deusa.

O óleo começou a brotar no primeiro dia de maio (Majtag), data da antiga celebração pagã da primavera chamada Majfest. A igreja tentou dissociar o óleo da data pagã, mas, como não conseguiu, deu especial ênfase ao aspecto “demoníaco” das festividades realizadas na noite anterior, a chamada Walpurgisnacht (”noite de Walpurga), quando eram acesas fogueiras e realizados rituais de purificação dos resíduos do inverno e de renovação da terra. Apesar de fazer parte do calendário agrícola europeu, reminiscência dos antigos ritos de fertilidade pagãos, Walpurgisnacht foi caracterizada como “noite das bruxas”, na qual elas montavam em suas vassouras e voavam para as orgias realizadas na montanha Broken, na região alemã de Harz, antigo ocal sagrada da Mãe Terra teutônica. A campanha da igreja infundiu nos cristãos o horror a essa noite ao afirmar que todos aqueles que participassem das festas seriam condenados a dançar até morrer e exaustão e seriam depois levados para o “inferno” (reino da deusa Hel) pelos fantasmas da “Caça Selvagem”, conduzida por Wotan (Odin), Frau Gode (Frey), Frau Berchte (Holda).

É difícil saber, com certeza, se Walpurga era realmente o nome de uma deusa teutônica; existem, todavia, inúmeras provas da anterior existência de seu culto. Os nomes Walburga e Waelbyrga significam “colina dos mortos” ou “túmulo dos ancestrais”, enquanto a variante Waldburga significa “protetora das florestas”. A montanha sempre simbolizou a morada das deusas e o refúgio dos ancestrais; várias deusas - como Berchta, Holda e Nehalennia - tanto regiam a vida e a fertilidade, quanto cuidavam e protegiam os espíritos à espera do renascimento.

A incongruência mais relevante é a associação de uma santa cristã a símbolos universais da Deusa. Na lenda Walburga, relata-se que ela tinha sido vista correndo pelos campos, vestida com uma túnica branca com sapatos vermelhos flamejantes, usando uma coroa de ouro sobre seus longos cabelos louros, segurando nas mãos um espelho triangular (que mostrava o futuro), um fuso, três espigas de trigo, e, às vezes, acompanhada por um cão. Outras vezes, ela era perseguida por um bando de cavaleiros brancos e pedia abrigo aos fazendeiros, deixando-lhes em troca, pepitas de ouro. É fácil perceber nessa descrição o antigo mito da deusa da terra, que sobrevoava os campos e trazia prosperidade ou fugia dos rigores do inverno, representados pela “Caça Selvagem”. Os itens mencionados, longe de serem cristãos, fazem parte da simbologia de várias deusas - como as Nornes e Nehalennia (o cão, o fuso e o espelho), Berchta, Frigga e Holda (o fuso, a roupa branca esvoaçante, o espelho), Sif e Nerthus (o trigo).

A antiga comemoração de Walpurgisnacht representava a transição das vicissitudes do inverno (afastadas pelo calor das fogueiras e das danças) para os alegres desfiles de crianças e moças enfeitadas de flores e a bênção dos casais. Existe uma dualidade entre as celebrações noturnas de 30 de abril (com encantamento para afastar o inverno e as tempestades e garantir a fertilidades vegetal, animal e humana) e a leveza primaveril das festas do dia seguinte. Realça-se, assim, a dulpa natureza da Deusa: sombra e luz, morte e vida. Por ser um momento mágico de transição, quando as barreiras entre os mundos tornam-se permeáveis, era possível na noite de Walpurgis “enxergar no escuro”, ou seja, ter visões, receber presságios ou comunicar-se com o “outro mundo” (dos ancestrais, seres da Natureza e elementais). Às vezes, essa transição do inverno (morte) para a primavera (renascimento) era ritualisticamente encenada, como uma batalha entre o Rei ou a Anciã do inverno (perdedores e em farrapos) e o Rei ou a Rainha de Maio, vencedores e vestidos com folhagens e flores. Enfatizava-se, assim, a energia de renovação, fertilidade, beleza e alegria dessa data.

O arquétipo de Walburga pertence às deusas da fertilidade da terra e a suas antigas festividades. Mesmo que seu nome original tenha se perdido ou tenha sido esquecido, a lembrança de seus símbolos e atributos foi preservada na interpretação cristã e está sendo resgatada por todos aqueles que, indo além das aparentes contradições e distorções históricas e religiosas, ouvem a verdade do próprio coração.

Elemento: ar, terra, fogo.


Animais totêmicos: cão, lobo, pássaros noturnos, gado (que era passado entre duas fogueiras para purificação).


Cores: branco, verde, amarelo, vermelho.


Árvores: coníferas, tília.


Plantas: linho, trigo.


Pedras: quartzo-verde, rodonita, selenita.


Metais: ouro


Data de celebração: 30/04 (Walpurgisnacht), primeiro de maio (Majfest).

Símbolos: espelho triangular, fuso, vassoura, sapatos vermelhos, túnica branca, fogueira, espigas de trigo, mastro enfeitado com guirlandas de folhagens, flores e fitas, montanha, óleo terapêutico.


Runas: fehu, kenaz, jera, berkana, dagaz, erda.


Rituais: exorcizar os fantasmas do passado, fogueiras para purificação, encantamentos para fertilidade, bênção da união, dançam ao redor do “mastro de maio”, renovação dos compromissos (afetivos, parcerias).Palavras-chave: purificação e renovação.


Texto: Mirela Faur “Mistérios Nórdicos", Editora Pensamento

Deusa Vor (Vör)


Deusa Vor (Vör)

“ A Deusa da Consciência ”

Vor (Vör) - “A Deusa da Consciência”

O nome Vor significa “consciência” ou “fé” e essa deusa conhece todos os segredos, pois nada pode ser escondido dela. Vor detém o poder da precognição, a habilidade de descobrir, saber e silenciar sobre as coisas. Ela confere às mulheres a intuição, a capacidade de entender os sinais e de descobrir o que se passa, sem precisar de palavras.

No plano sutil, ela permite a expansão da consciência, sendo guia dos mundos desconhecidos, de tudo o que foi esquecido, reprimido ou que ficou preso no subconsciente, por medo de saber. Vor revela o que é escondido, ensina como interpretar a linguagem simbólica dos sonos e levantar os véus, em estado de meditação ou transe. Ela aparece velada ou vestida com um pesado manto com capuz, que encobre suas feições, podendo, ou não, segurar nas nãos um pergaminho ou o símbolo adequado ao buscador.

Vor é a deusa nórdica que pode ser invocada para o desenvolvimento da intuição e da habilidade de perceber os sinais (e compreender, assim, o que se passa, de fato, na vida das pessoas). Ela auxilia na interpretação dos sonhos e dos oráculos, nas práticas de meditação e de magia seidhr.

Elemento: éter.


Animais totêmicos: coruja, corvo.


Cores: prateado, roxo, preto.


Árvores: sabugueiro, sorveira.


Plantas: artemísia, papoula, verônica.


Pedras: ametista, turmalina, opala.


Data de celebração: 10/02.


Símbolos: véu, poço, gruta, pergaminho, manto, oráculo, espelho negro, bola de cristal, meditação, viagem xamânica, transe, projeção astral, magia, sonhos, visões, presságios.


Runas: ansuz, raidho, peorth, laguz, dagaz, os.


Rituais: para descobrir a verdade, compreender sinais e sonhos e revelar seu verdadeiro significado; para desenvolver a intuição, interpretar oráculos e presságios.


Palavras-chave: conscientização.


Texto: Mirela Faur " Mistérios Nórdicos"

Deusa Vir-ava


Deusa Vir-ava




Antigamente comemorava-se a deusa Vir-ava, Senhora das Florestas na mitologia finlandesa.

Essa deusa assumia uma forma diferente para cada floresta. Por exemplo, numa floresta ela podia aparecer como árvore ou como uma mulher com seios fartos, pernas grossas como troncos, cabelos longos e emaranhados como raízes.

Quem consegue ver outras realidades, percebe essa deusa se aproximando das fogueiras dos lenhadores para aquecer suas longas mãos.

fonte do texto e foto:http://witchblue2009.blogspot.com.br/2011/10/deusa-finlandesa-vir-ava.html

Deusa Var (Vara, War)


Deusa Var (Vara, War)

“A Guardiã dos Juramentos”

Var (Vara, War) - “A Guardiã dos Juramentos”

Seu nome é relacionado às palavras norueguesas varda, “garantir”; varar, “contratos e juramentos”; e vardlokur - “canção de proteção”. Em alemão, wahr significa “verdadeiro”, enquanto que em inglês aware indica “percepção consciente”. Var, portanto, representa a deusa nórdica cujas funções eram semelhantes às da grega Héstia (que ouvia todos os juramentos e garantia seu cumprimento) e personalizava o conceito idealizado da verdade e da justiça. Seu título era “A Cautelosa” e ela ensinava prudência e lealdade.

Var testemunha os contratos e os juramentos, principalmente entre homens e mulheres. Ela também pune os transgressores e os perjuros: sua missão á fazer respeitar a verdade. Sua proteção é mais moral do que física, pois ela zela pela integridade do espírito. Seu poder se manifesta nas palavras que usamos para expressar nossas intenções, decisões, promessas e afirmações, pois a energia dos sons se concretiza no mundo material pelas ações. Ela recomenda cautela ao se assumir qualquer tipo de compromisso, pois sua tarefa é castigar aqueles que traem seus próprios juramentos.

Acreditava-se que Var residia no calor e no brilho das lareiras; era descrita como uma aparição fugaz e luminosa, invocada em todos os acordos e compromissos familiares e tribal. Para atrair sua bênção, eram ofertadas ao fogo guirlandas de ervas aromáticas trançadas com fitas, nas quais eram inscritos os compromissos. Para selar o acordo, depois eram entoados cânticos e se brindava com hidromel em chifre de boi.

Elemento: fogo.

Animais totêmicos: águia, dragão do fogo (firewyrm)

Cores: amarelo, laranja, vermelho.

Árvores: macieira, sabugueiro.

Plantas: aromática, hera.

Pedras: cornalina, ágata, citrino, topázio, granada.

Data de celebração: 13/11.Símbolos: lareira, chama do fogo, aliança, contratos, juramentos, guirlanda de fitas, chifres de boi, hidromel, ervas aromáticas para queimar nas brasas.

Runas: kenaz, gebo, tiwaz, othala, cweorth, ziu.

Rituais: para fazer honrar compromissos e juramentos; para atrair a verdade e a justiça; para assistir os acordos; para fortalecer a união familiar e grupal.

Palavras-chave: lealdade.

Texto: Mirela Faur " Mistérios Nórdicos"

Deusa Ua Zit

Deusa Ua Zit

Deusa Serpente.

No Egito Antigo, celebrava a Grande Deusa Serpente chamada Ua Zit ou Uadjit. Ela era um símbolo de revelação e de sabedoria místicas.

Na celebração eram realizados rituais de exorcismo, de purificação e de expiação. Também faziam-se defumações para afastar doenças e ofereciam à Deusa grãos de cevada.

É um bom dia para se fazer um ritual com a intenção de afastar a pobreza, a doença e os infortúnios. Defume sua casa com um incenso de mirra ou de benjoim. Depois acenda uma vela verde e tome um banho de sal grosso. Visualize suas dificuldades financeiras e as soluções para resolvê-las. Peça à Deusa Serpente para afastar os infortúnios e dar-lhe equilíbrio e sabedoria.


fonte: Agenda Esotérica

Deusa Tien Hou


Deusa Tien Hou

Deusa do Oceano Tien Hou (Hong Kong)




Tien Hou, a rainha do céu, deusa do oceano e da estrela do norte, protetora dos marinheiros e pescadores, ou seja, protetora dos homens do mar. As embarcações rendem cultos à deusa oferecendo flores ao mar. A criatividade é a principal aliada do mago, por isso transfira esse rito para sua casa, jogando pétalas de flores em água corrente. A essência de Tien Hou ou Tin Han, abençoará a todos que se lembrem dela.

fonte do texto e foto: http://www.luzemhisterio.com.br

Deusa Thrud




 Deusa Thrud

“A Regente do Tempo”



Filha de Sif e Thor, Thrud era conhecida tanto como deusa quanto como Valquíria. Famosa por sua extraordinária beleza, foi admirada e desejada por muito homens; mortais, heróis, deuses e até mesmo gnomos, dos quais um, Alvis, foi petrificado por Thor para que se afastasse de sua filha. O nome Thrud significava “semente” e ela era considerada uma deusa regente do tempo cuja raiva trazia as nuvens escuras de chuva e as tempestades, e o bom humor deixava o céu da cor de seus olhos azuis.

Thrud também era considerada uma padroeira dos curadores, pelo fato de ter sido, ela mesmo, uma curadora, que, em seu aspecto de Valquíria, aliviava o sofrimento dos feridos nos campos de batalha.

Elemento: ar (vento), água, fogo.

Animais totêmicos: pássaros (falcão), cisne, cavalo.

Cores: azul, dourado.

Árvores: amieiro, nogueira, sabugueiro.

Plantas: borrage, lavanda, lobélia.

Pedras: topázio, cristal rutilado, quartzo azul.

Símbolos: sementes, vento, nuvens, céu azul, pedras, cristais, ervas e práticas curativas, talismãs em forma de olhos.

Runas: raidho, tiwaz, laguz, dagaz, ac, ul.

Rituais: de cura, encantamentos para mudar o tempo, bênção dos plantios.

Palavras-chave: harmonia.


Texto: Mirela Faur " Mistérios Nórdicos"

Deusa Thordgerd Holgabrud

Deusa Thordgerd Holgabrud

“A Deusa Flecheira”

Essa deusa já foi considerada, em lendas mais recentes, uma mortal deificada por sua extraordinária habilidade nas artes oraculares e mágicas. Mas Thordgerd era, na verdade, filha de Odin e Huldra, a Senhora das Colinas, líder das ninfas das florestas e protetora dos animais. Thordgerd costumava ser representada como uma mulher bonita, alta e forte, vestida com peles de animais, usando joias de ouro e cercada de cofres com pedras preciosas. Juntamente com sua irmã Irpa, ela protegia a Islândia, onde as duas recebiam oferendas nos antigos templos de pedra. Thorgerd era uma deusa guerreira que, para defender o povo dos inimigos, lançava flechas mortíferas de cada um de seus dedos. Além disso, ela manipulava as forças da Natureza e era invocada para dar sorte no plantio, na caça e na pesca. Seu culto foi o último vestígio da antiga tradição das deusas e perdurou até muito tempo depois de a ilha ter sido cristianizada. Para denegri-la, os padres católicos a chamavam de Thordgerd Holga Throll, atribuindo-lhe os poderes maléficos dos troll, seres “sinistros” da Natureza que, na realidade, nada mais eram que os gigantes e os gnomos dos antigos mitos, reduzidos a grotescas e aterrorizantes figuras nas interpretações cristãs.

Elemento: terra, água.

Animais totêmicos: peixe, gado, animais selvagens.

Cores: verde, marrom.

Árvores: azevinho, espinheiro, pilriteiro.

Plantas: cardo, tojo, verbasco.

Pedras: ágata, esmeralda, cornalina.

Símbolos: flecha, alvo, anzol, garras e peles de animais, plantios, colheitas, pedras preciosas, cofre, joias de ouro, seres da Natureza, ninfas.

Runas: tiwaz, as, yr, gar, wolsangel.

Rituais: de defesa pessoal e grupal; para atrair a boa sorte; para “abrir os oráculos e proteger as práticas mágicas.

Palavras-chave: sorte.

Texto: Mirela Faur " Mistérios Nórdicos"

Deusa Thea


Deusa Thea

Texto de Mirella Faur

"Mãe de Hélios, Grande Thea, deusa de tantos nomes, graças a Ti os homens atribuem ao ouro um poder acima dos outros metais. Senhora, impeça com a Tua força de luz os combates dos navios e das carruagens, que se enfrentam como rivais para receberem o cobiçado troféu da gloria dourada..." - Pindar, Ode à Thea, século 5 a.C.


O nome da deusa pré-helénica da luz, mãe dos luminares e da aurora ficou conhecido como simplesmente Thea, equivalente de Deusa.

Apesar da sua importância arcaica, nada ficou registrado sobre seu culto ou mito; assim como outras antigas deusas gregas, Ela foi substituída pelas divindades dos invasores indo-europeus permanecendo oculta nas brumas dos tempos.

Sabe-se apenas que Ela fazia parte da raça antiga dos Titãs, sendo filha de Urano, o deus celeste e Gaia, a Mãe Terra, irmã de Anfititre (ou Tetis), Dione, Fibe, Mnemosine, Rhea e Têmis. Reverenciada como Senhora da Luz – Aetra ou Thea-, regente do céu claro, do éter (aithre) e da luz dos olhos (thea), era também honrada como Eurifessa, “a toda resplandecente”, regente do brilho do ouro, da prata e das pedras preciosas.

Da sua união com Hyperion, o deus da luz, nasceram três filhos luminosos: Hélios, o Sol, Selene, a Lua e Eos, a aurora.

Reverenciada como Ichnaea, “Aquela que descobria” ou Theia, “Mãe da inspiração divina” (theiazô significava divinação ou profecia), Thea tinha um templo oracular em Tessália, assim como suas irmãs, também deusas oraculares, tinham os seus: Phoebe em Delphi, Mnemosine em Lebadeia, Dione em Dodona e Têmis desfrutando de todos estes altares.


fonte: http://www.teiadethea.org

Deusa Tecelã


Deusa Tecelã

Copyright © Monika von Koss




Dos tempos que se perdem nas brumas, emerge majestosa a Grande Deusa Tecelã, aquela que, assim como faz a aranha até os dias de hoje, produziu do seu ventre os fios que formam a estrutura do universo. Estes mesmos fios que, ao se organizarem e reorganizarem continuamente, formam todos os diferentes elementos que compõem o mundo múltiplo, variado e diverso. Contendo tudo que foi, é e será, sua teia-vida estabelece as relações mútuas que vinculam esta grande variedade de seres no que a Ciência denomina de Campo Unificado de Energia ou Consciência.


No Egito Antigo, esta fiandeira cósmica era conhecida como a Deusa Neit. Dela emanam os fios essenciais que se interconectam na teia multidimensional, a estrutura básica de tudo que existe no universo. Dela também emana o primeiro movimento da criação, que se desdobra no trançar dos fios em infinitas possibilidades, que vão tecendo a realidade cósmica.


A Grande Deusa fia e tece toda a existência do caos bruto em realidade. Por isto, o fiar e o tecer são, desde os primórdios, atribuídos ao universo feminino. A magia que permite transmutar lã, seda, linho, algodão ou outro material vegetal em fio e com ele tecer panos para os mais variados usos, permitiu aos nossos ancestrais sobreviverem nas regiões mais frias e mais quentes do planeta. E esta magia era realizada pelas mãos das mulheres, sob a inspiração da deusa.


A mais conhecida tecelã é a deusa grega Atena, patrona de todas as artes e ofícios. Como todas as divindades, ela ilumina um amplo espectro da existência humana. Quando nos desvencilhamos do viés patriarcal, que enfatiza seus aspectos relacionados com o mundo masculino, percebemos que a maior entre as dádivas de Atena é imbuir com alma todos os trabalhos civilizatórios. Em assim fazendo, ela propicia a nós mulheres uma compreensão do valor e da importância de nossos poderes criativos. Ela nos mostra como tecer o sagrado em todos os atos cotidianos.M/p>


De sua origem anterior à vinda dos helenos para a Grécia, ela incorpora a sabedoria aquática e intuitiva de sua mãe Métis, uma oceânide, finamente sintonizada com os sutis processos de transformação que ocorrem continuamente na vida das pessoas, receptiva aos sentimentos pessoais, poéticos e sensíveis, próprio do princípio feminino. Ao mesmo tempo, representa o saber abstrato, manifestado através da produção artesanal, da arte da guerra, do poder institucionalizado, introduzido pelo princípio masculino. Em sua virgindade, ela integra espírito e alma, apontando o caminho para nos relacionarmos a partir de nossa integridade, de nossa autonomia.


Na tradição hindu, a deusa tecelã recebe o nome de Maya. Posicionada no centro de sua teia, ela não apenas tece a ordem cósmica, mas a reproduz em nosso mundo dos sentidos de forma tão perfeita, que não distinguimos entre a realidade em si e nossa versão dela. Assim como Maya se posiciona no centro da teia cósmica, cada ser humano percebe a si mesmo como o centro da própria existência. Da perspectiva psicológica, cada qual fia e tece sua própria realidade, a partir de um centro que denominamos de Eu.


Mas, ao tecermos nosso próprio tecido, nossa própria individualidade, não devemos perder a noção de que estamos conectados com todos os demais seres, por meio do fio de que é feita a grande teia. Como emanações que somos da Grande Deusa Tecelã, todos nós somos constituídos da mesma substância e compartilhamos a essência divina dos fios de Neit.


Tecer significa ativar e misturar nossas experiências de vida, para produzir um padrão individual, único e inimitável, aquilo que distingue cada qual dentre todos os seres no cosmos. Quando permitimos que uma nova experiência se integra no nosso viver, quando não tememos as transformações que isto inevitavelmente traz consigo, estamos tornando nosso padrão pessoal mais complexo e, com isto, enriquecendo o padrão coletivo. Tornamo-nos co-criadores da grande teia.


Como co-criadoras, participamos na criação do nosso próprio destino individual e coletivo. Pois o destino também é atributo de deusas tecelãs. Na mitologia nórdica, tão rica em histórias que envolvem o fiar e o tecer, o destino é decretado pelas Nornas, que compunham a teia do destino com uma miríade de fios e linhas. A mais velha das três, que também parece ter sido a mais antiga, está sempre sentada ao lado de uma fonte, a Fonte de Urd, onde o próprio Odin foi buscar conselho e conhecimento.


Fiar está arrolado entre os ofícios mais antigos conhecidos, cujas origens se perdem na pré-história. Para as comunidades Kajaba da Colômbia, a condição para ser mulher é saber fiar e tecer, um ofício cujos segredos são transmitidos às jovens moças, quando de sua reclusão na tenda vermelha. Seu mito da criação diz que, quando a Mãe Universal fincou seu imenso fuso verticalmente na terra recém criada, dele se desprendeu uma fibra de fio de algodão, com a qual traçou um círculo, declarando que esta seria a terra de seus filhos. Como uma atividade desempenhada pelas mulheres em suas casas, desde a antiguidade até a revolução industrial, o processo de fiar e tecer tornou-se uma simbologia poderosa para a criação de nova ordem a partir do caos, definindo o destino humano.


E a força desta simbologia também manifesta sua influência na elaboração da moderna Teoria das Cordas, que se utiliza da imagética da fiação, descrevendo o tecido microscópico de que é feito nosso universo multidimensional como ricamente urdido a partir de cordas que vibram sem cessar e, com sua vibração, introduzem o ritmo da vida no cosmos.


fonte do texto: http://www.monikavonkoss.com.br/site/indice-de-artigos/126-a-deusa-tecela


fonte da foto: Internet

Deusa Tara

Tara Verde




Tara (tibetano: Drol Ma) é a designação de uma deidade feminina do budismo vajrayana. Literalmente, o termo significa salvadora.

Tara é a mãe da compaixão, o aspecto feminino do Buda, indissociável do estado desperto iluminado. Todas as deidades femininas são aspectos de Tara. É a divindade nacional do Tibete.

A princesa Yeshe Dawa: origem do mito

Conta-se que a princesa Yeshe Dawa (Lua de Sabedoria), que recebeu ensinamentos de um Buda, acumulou méritos e sabedoria, tendo sido aconselhada a rezar por um renascimento masculino, pois como homem alcançaria a iluminação. Reconhecendo nisso a ignorância de que a dualidade é relativa, fez o compromisso de sempre renascer em forma feminina, como mulher. Por esse gesto de sabedoria e compaixão, é a manifestação de Avalokiteshvara. É também considerada a consorte de Avalokiteshvara, outras vezes surge como consorte de Amoghasidi.

Nomes de Tara

De acordo com as várias linhagens do budismo tibetano, a lista dos nomes de Tara podem apresentar variações. Dos cento e oito nomes e vinte e uma formas de Tara, duas formas são mais populares:

Tara Branca, Sitatara, , identificada com a Princesa da China, esposa do primeiro rei budista do Tibet. Em geral associada a Kwan Yin, sempre representada na cor branca.

Tara Verde, Syamatara, , identificada com a Princesa do Nepal, segunda esposa do primeiro rei budista do Tibet.

No Brasil, por influência de Chagdud Tulku Rinpoche, também tornou-se conhecida, a Tara Vermelha, Rigdjed Lamo (em tibetano), que evoca nosso estado desperto natural (denominado rigpa).





A prática da deusa TARA VERDE


Por H.E. Chogye Trichen Rinpoche


Introdução


Relativo à prática de Tara, ela é um ser iluminado no décimo segundo bhumi, ou fase de iluminação, capaz de cumprir todos os desejos dos seres.


Tara é a manifestação da compaixão de todos os Buddhas dos três tempos. Ela também é a deusa que leva a cabo e realiza as atividades iluminadas dos Buddhas.


Houve incontáveis Buddhas de outros aeons e eras.


No princípio de nosso aeon, havia um Buddha particular, o Buddha daquela era, conhecido como Mahavairochana.


No tempo daquele Buddha, havia um grande rei que teve uma filha pelo nome de Princesa Metok Zay, Princesa Bela Flor.


A Princesa Bela Flor era devota em oração, e levou a cabo atividades maravilhosas para beneficiar outros seres. Quanto ainda era menina, Princesa Bela Flor fez oferecimentos vastos e dedicações, executando atividades generosas, corajosas, pacientes e compassivas da maior virtude em nome dos seres sensíveis.


Quando o Buddha Mahavairochana perguntou para a Princesa o que era que ela desejava, qual era a intenção do seu coração dela, ela respondeu, "eu permanecerei neste mundo até que todo e último único ser seja liberado completamente ".


Esta era uma nova surpresa ao Buddha, que nunca tinha ouvido qualquer um oferecer tal nobre aspiração, abnegada e corajosa. Com respeito aos sacrifícios pessoais dela, à virtude dela e suas aspirações, e inspirado pelos desejos dela em nome dos seres, Buddha Vairochana proferiu espontaneamente a oração dos vinte e um elogios com Tara, um elogio para cada uma das vinte e uma qualidades de Tara.


Como resultado destes elogios falados por Buddha Vairochana, veio a ser conhecido que a Princesa Bela Flor era a emanação da deusa Tara, que tinha vindo originalmente das lágrimas do abrigo da compaixão, ou Chenrezig.


Avalokiteshvara Bodhisattva [Chenrezig] teve imensa compaixão pelos outros seres vivos.


Embora ele se esforçou incessantemente para ajudar os outros seres, sentia grande tristeza que tantos seres continuavam caindo sem socorro nos mais baixos reinos de existência como os infernos. Ele viu que muito poucos seres estavam fazendo progresso no caminho para iluminação.


Em desespero absoluto, por compaixão insuportável, Avalokiteshvara chorou em angústia, enquanto rezava que seria melhor que o corpo dele fosse destroçado em pedaços, desde que ele não podia cumprir a sua tarefa dele de salvar os seres vivos de sofrer.


Das lágrimas de compaixão dele, surgiu a deusa.


Ao aparecer milagrosamente deste modo, Tara falou com Avalokiteshvara, dizendo: "Ó nobre, não abandone a tarefa sublime de beneficiar os seres sensíveis. Eu estive inspirada por eles e me alegrei em tudo com suas ações desinteressadas. Eu entendo os grandes sofrimentos que você sofreu. Mas talvez, se eu assumir a forma de um bodhisattva feminino, com o nome de Tara, como uma contraparte de você, então isso poderia ajudá-lo em seus mais merecedores empenhos.


Ouvindo esta aspiração por Tara, Avalokiteshvara ficou cheio de uma coragem renovada de continuar os seus esforços dele em nome de seres, e ele e Tara foram santificados por Amitabha Buddha para os seus compromissos para o caminho de bodhisattva neste momento.


Na ocasião, quando Avalokiteshvara tinha clamado em desespero, o corpo dele se partiu em mil pedaços. Amitabha Buddha então abençoou o corpo dele, de forma que Avalokiteshvara surgiu em uma forma nova com onze cabeças, e com mil braços, com um olho na palma de cada mão. E deste modo nós podemos ver a conexão íntima entre Avalokiteshvara e Tara.


É dito que desde aquele tempo, quem recitar este elogio às vinte e um Taras proferidos por Buddha Mahavairochana está seguro de receber benefícios incríveis.


Buddha Vairochana pôde cumprir tudo dos desejos dele. Até mesmo para os Buddhas, há tempos em que eles não podem satisfazer às necessidades de alguns seres sensíveis. Porém, dando origem a este elogio para as vinte e uma Taras, Buddha Vairochana buscou não só cumprir tudo dos próprios desejos dele, mas ele também pôde geralmente cumprir tudo dos desejos de todos que chegaram a ele.


Uma vez uma mulher velha veio ao Buddha Vairochana. Ela era bastante pobre, e teve uma filha que era extraordinariamente bonita. Esta filha tinha um admirador real que desejava a mão dela em matrimônio. Na Índia antiga, se uma menina camponesa fosse-se casar na realeza, era o costume que a família da menina deveria tentar prover pelo menos a joia a ser usada pela noiva. A mulher velha empobrecida não tinha nenhum meios com que obter a joia para a filha dela que se estava casando.


Esta mulher tinha ouvido que aquele Buddha Vairochana poderia conceder qualquer desejo, e assim ela se chegou a ele. Ela veio diante do Buddha e perguntou se ele poderia lhe dar alguma joia, de forma que a filha dela pudesse-se casar com o rei, e cumprir os desejos de muitas pessoas. Naquele momento, o Buddha Vairochana estava no templo de Bodhi, em Bodhgaya.


No templo de Bodhi havia muitas imagens de Tara Verde. Como ele não tinha nenhuma jóia própria dele para dar, o Buddha pediu de uma das imagens especiais de Tara Verde no templo de Bodhi que ela desse a sua coroa dela a ele, de forma que ele pudesse agradar à mãe velha, e que a filha dela pudesse tornar-se uma rainha.


Então a estátua de Tara removeu a própria coroa dela, e apresentou isto ao Buddha Vairochana, que pôde oferecê-la então à mulher para o matrimônio da filha dela.


Tara Verde diz que não só ela vai dar aos seres tudo o que eles podem precisar, mas também que ela pode acalmar cada um dos medos principais dos seres, como os oito ou dezesseis medos comuns dos seres que incluem: medo de ladrões, medo das águas, de cobras, de veneno, de prisão, e assim por diante, como também todos os medos internos.


Qualquer temor que os seres sofrem, sempre que eles recitam os vinte e um elogios a Tara, ou somente recitando o mantra de dez sílabas dela, OM TARA TUTTARE TURE SVAHA, os seus medos deles/delas seriam pacificados, e as suas necessidades deles/delas seriam cumpridas.


O Buddha Mahavairochana apareceu em um tempo antigo, muito longe antes do tempo de Shakyamuni Buddha. Também é dito que depois, em nossa própria era, o próprio Buddha Shakyamuni falou a exata mesma oração, enquanto repetia as palavras do Buddha Vairochana. Isto é recontado na coleção de Kangyur das palavras do Buddha.


Assim, Tara também foi elogiada grandemente pelo próprio Buddha Shakyamuni.


Deste modo, a oração para as vinte e uma Taras traz imensa bênção e poder.


Incontáveis Budistas Mahayana cantam este elogio diariamente; sejam eles monges ordenados, sejam leigos praticantes, sejam jovens ou velhos, esta oração ressoa como um murmúrio constante nas bocas dos crentes, desde longo tempo antes do nosso presente aeon.


Em muitos tempos mais recentes, a deusa Tara aparece como deidade meditacional para muitos dos maiores mestres da história budista, para grandes filósofos budistas Mahayana da Índia, para Mahasiddhas, como em particular os estimados Nagarjuna e Aryadeva.


O praticante e pandita Chandragomin teve visões de Tara e recebeu transmissão direta de Tara. Muitos desses mestres foram praticantes dedicados de Tara. O Mahasiddha indiano Virupa, fundador da linhagem Lam Dre do Buddha Hevajra, recebeu bênçãos de Tara.


Um dos maiores mestres indianos que tiveram papel muito importante, introduzindo a prática de Tara no Tibet, foi o praticante pandita bengali Atisha. Atisha tinha sido convidado muitas vezes a visitar o Tibet, mas ele sempre tinha recusado, depois de ter ouvido falar da altitude alta e do clima severo do Tibet, como também do caráter incontrolável e rude das pessoas Tibetanas. Ele duvidou que pudesse ir lá e realmente mudar as mentes delas no caminho do dharma.


O mestre indiano Atisha, sendo grande devoto de Tara Verde, antes de viajar ao Tibet, um dia recebeu uma profecia de Tara.


A própria Tara contou para Atisha que ele deveria ir para a terra das neves, pois lá ele seria como o sol, iluminando os seres com os ensinamentos do Buddha, dispersando toda a escuridão.


Deste modo ele traria grande benefício aos seres sensíveis nos países do norte. Tara contou a Atisha que lá ele conheceria um grande discípulo seu, um que seria na realidade uma emanação do bodhisattva Avalokiteshvara. Ela profetizou que as atividades combinadas de Atisha e deste discípulo causariam que os ensinamentos floresceriam em todos os lugares por milhares de anos em expansão.


Só depois de ouvir essas palavras proféticas faladas por Tara foi que Atisha cedeu nos julgamentos dele relativo ao Tibet e aos Tibetanos, e resolveu ir para o Tibet. Embora Atisha enfrentasse algumas dificuldades iniciais no Tibet, como não achar os tradutores qualificados e se encontrar em condições severas, no entanto a tempo ele se reuniu com o discípulo profetizado dele, Dromtonpa. Dromtonpa foi-se tornar o fundador da escola Kadampa, que se tornou a fonte da qual as encarnações dos Dalai Lamas surgiram.


É da influência de Atisha que os ensinamentos de Tara Verde vieram a florescer no Tibet. Embora a tradição Nyingmapa mais cedo adorava a deusa em várias formas, isto não era tão amplamente difundido até que Atisha veio ao Tibet e propagou o elogio às vinte e uma Taras.


Estes são algumas das bênçãos e presentes de Tara.


Chandragomin era outro dos grandes mestres indianos que tiveram um papel significante na propagação das tradições de Tara. Ele não era um monge, mas um upasaka, um praticante secular que mantém oito votos.


Devido a isto, o elogio para as vinte e uma Taras, o mantra dela, e rituais, se espalhou a todas as escolas de Budismo do Tibet todas as quais continuam confiando na prática de meditação em Tara. Há muitas histórias de grandes mestres espirituais no Tibet que confiaram em Tara como sua deidade de meditação.


No décimo sexto século no Tibet havia um muito grande mestre chamado Jonang Taranatha. "Tara" quer dizer "sábio", e "Natha" quer dizer "protetor" em Sanskrito.


Era dito que ele estava em uma comunhão direta quase contínua com a própria Tara. Ele procurou tradições budistas indianas quando não havia quase nada do Buddhadharma na Índia, e era dito que tinha achado e recuperado muitas fontes de ensinamento de dharma.


Taranatha escreveu uma elaborada história de Tara e das práticas dela. Ele teve muito cuidado sobre datas e identificar os diferentes mestres indianos que eram associados com a prática de Tara. Os escritos de Taranatha sobre Tara sobrevivem nos trabalhos colecionados dele, e há traduções inglesas deste trabalho que incluem explicações dos vinte e um elogios a Tara.


Há mantras específicos para cada uma das vinte e uma formas de Tara. Podem ser invocadas formas específicas de Tara para obstáculos particulares ou medos, e a pessoa pode praticar deste modo uma vez que a pessoa recebeu autorização e transmissão dos vinte e um elogios a Tara.


Para fixar o benefício dessas bênçãos dos Buddhas, de Tara, e de todos estes mestres, dizem que depois de receber a transmissão dos vinte e um elogios a Tara, a pessoa pode escolher recitar este elogio, ou recitar o dharani longo do mantra de Tara, ou até mesmo só recitar o mantra de dez sílabas de Tara.


A pessoa pode recitar qualquer um ou todos esses três, de manhã cedo, ou no meio do dia, ou pela noite, ou no meio da noite. É dito que é especialmente importante e útil recitar estes sempre que a mente da pessoa estiver preocupada e não pode ser pacificada através de outros meios.


Uma pessoa cuja mente está muito preocupada pode falar sobre os seus problemas com alguns amigos, mas eles só permanecerão transtornados. Os amigos podem apoiar nosso ponto de vista e podem entender nossos medos, contudo nossos desejos não são cumpridos. Até mesmo se eles são encorajadores e concordam conosco, nossos problemas ainda permanecem; só porque eles estão de acordo conosco não significa que eles podem nos ajudar verdadeiramente.


Acontece até mesmo que pode ser pior que antes como resultado de tais consultas amigáveis!


Por outro lado, qualquer um devoto fiel recitando os vinte e um elogios a Tara, ou recitando o mantra de dharani longo ou até mesmo o mantra curto de dez sílabas, OM TARA TUTTARE TURE SVAHA, sempre que estiver em crise, quando estiver sendo negadas as necessidades deles/delas e seus desejos estão sendo frustrados e não podem ser cumprido, sentindo-se confusos, se neste tempo eles pedirem a ela, ela irá curar os medos deles/delas e suas tribulações.


Esta nos apresenta uma alternativa para nossa resposta ordinária para as dificuldades. Quando nós estivermos preocupados, normalmente nós procuraríamos um amigo ou conselheiro imediatamente para validar nossa miséria. Desejando achar conforto e pacificar nosso tumulto, nós podemos incitar coisas e ao invés do fato podemos os fazer pior. Outra aproximação de valor é que nós poderíamos recitar o elogio às vinte e uma Taras, ou recitar o mantra dela, e deste modo achar o conforto e solução para o que nós estamos buscando.


A prática de Tara também é muito benéfica e efetiva para centros de dharma. Esses centros que fazem pujas ou rituais de oração de Tara conseguem sucesso, como os desejos deles para que a expansão dos ensinamentos de Buddha seja cumprido!


Profundo e sincero desejo que nós distribuímos para inspiração e devoção é cumprido muito mais facilmente, especialmente quando eles estão por causa dos outros!


Virtualmente todo monastério Tibetano executa oração de rituais de Tara Verde todas as manhãs, se eles têm cinco monges ou mil.


O elogio para as vinte e uma Taras foi cantado continuamente por seres incontáveis que existiram muito tempo atrás, de todo o modo desde o Buddha Vairochana em uma idade muito antiga, longo tempo antes de nossa era presente. O fato de que esta oração é tão antiga e foi tão popular e amplamente praticada em muitas eras contribui para seu grande poder e efetividade.


Todas as bênçãos acumuladas disso surgem devido às orações dos praticantes ao longo das muitas eras acumuladas. Todas as bênçãos nos desce e são recebidas por nós quando nós rezarmos com fé e devoção a Tara. Por prática regular do elogio para as vinte e um Taras e o mantras de Tara, são cultivadas estas bênçãos e podem amadurecer em nossa corrente mental, em nossa experiência. É por isto que a adoração de Tara faz tal prática diária excelente.


Este elogio para as vinte e uma Taras também é muito importante nas tradições chinesas do Budismo Mahayana que tem conexões com o Budismo Vajrayana.





Meditação em Tara Verde


Na base de treinamentos e práticas preliminares, como também baseado em receber as bênçãos do Bodhisattva Tara, a pessoa pode executar a meditação em Tara e recitar o mantra dela.


A entrada na meditação budista na tradição de Mahayana começa com lojong: ou treinando a mente. De importância extrema é o desenvolvimento e treinamento da compaixão.


Como nós desenvolvemos esse treinamento?


Primeiro, nós meditamos na bondade mostrada a nós por nossas mães. Nossa mãe nos tomou no útero dela e nos deu à luz. Ela nos alimentou, nos limpou quando nós éramos bebês desamparados. Lembrando-se da bondade dela, visualize sua própria mãe.


Como você medita desse modo em sua mãe, gere amor e gratidão para ela. Uma vez que você deu origem a este sentimento, pode começar a estendê-lo a outros, até que gradualmente pode estender o sentimento de amor e gratidão a todos os seres vivos no curso de sua meditação.


Isto é possível porque no passado, desde um tempo sem começo, todo ser foi na realidade sua própria amável mãe. Como é dito em muitas orações de refúgio, "Para todos os seres sensíveis que foram minha mãe, eu tomo refúgio".


Outra possibilidade é que você também pode meditar no amor que uma mãe tem para sua única criança, e da mesma maneira estende este sentimento a todos os seres sensíveis.


Uma vez que você fez isto, o próximo passo é começar a dar origem à compaixão. Entendendo a bondade mostrada a você por sua mãe, você nunca desejaria ver sua mãe sofrimento de qualquer forma. Este desejo de remover todo o sofrimento de sua mãe é compaixão.


Ponha-se no lugar dela, sentindo as suas dificuldades dela e qualquer sofrimento que ela tem que sofrer. Uma vez que este sentimento de compaixão surge em seu coração, então pode estender isto a outros até que vem a abraçar a todos os seres vivos.


A pessoa entende o sofrimento dos outros, e genuína e verdadeiramente aspira remover os seus sofrimentos.


Nesse estado, a pessoa está pronta a tomar refúgio.


Aqui é importante entender que você só pode tomar refúgio verdadeiro em um ser verdadeiramente livre. Não o ajudará tomar refúgio em todos os diferentes deuses mundanos no final das contas, da mesma maneira que um senhor insignificante não o pode proteger verdadeiramente da espada do rei.


Também há outros treinamentos da mente que você também pode fazer para preparar-se em meditação para a tomada de refúgio. É muito útil refletir nos benefícios do altruísmo ao invés dos aparentes benefícios do egoísmo. Todo o infortúnio e sofrimentos de fato vem diretamente de procurar o próprio interesse da pessoa às custas do que poderia ser melhor para os outros.


É igualmente verdade que todo o benefício e fortuna boa deriva na realidade de pôr o bem-estar dos outros primeiro. Se você só trabalha para seu próprio benefício, você no fim vai trazer dificuldade para você. Trabalhando para os outros garante que você entrará bem no futuro.


Igualmente, a prática da virtude é uma parte essencial de treinar a mente da pessoa no dharma.


Por exemplo, se você for generoso no passado, você estará recebendo prosperidade e abundância no presente. Se nós fomos pacientes no passado, então quem nos vê será atraído automaticamente por nós, e sente positivamente por nós, nos dando poder e influência.


De importância particular é o treinamento em conduta ética.


Se a pessoa não praticar disciplina ética nesta vida, é difícil de ganhar nascimentos humanos futuros. Nosso nascimento como seres humanos neste momento existe devido a alguma prática prévia de disciplina moral. Tal disciplina é a verdadeira fundação para qualquer e todas as reais qualidades surgirem.


A base para esta disciplina é a prática da virtude. Na prática, isto significa renunciar às dez ações não-virtuosas, que são: (1) matar, (2) roubar, e (3) má conduta sexual [para o corpo]; (4) mentir, (5) caluniar, (6) falar palavras severas, e (7) fofoca inútil ou fala sem sentido para as ações da fala da pessoa; e (8) pensamentos de avareza e cobiça, (9) pensamento malicioso que deseja prejudicar os outros, e (10) convicções enganadas, ou visões injustas, para as ações da mente da pessoa.


As dez ações virtuosas de corpo, fala e mente surgem naturalmente quando a pessoa se contiver dos dez tipos de ações negativas. Consequentemente nós podemos ver que, abraçando disciplina virtuosa, também é outra base para a tomada de refúgio. Nesta aproximação, quaisquer ações que você faz, elas são todas oferecimentos e corretas aos Buddhas.


Agora que nós discutimos alguns dos treinamentos que são a base de tomar refúgio, quais são os objetos em quem nós tomamos refúgio? Elas são as três joias. A primeira joia é o Buddha, que possui os três kayas, ou o corpo, fala e mente iluminados.


É dito que o Buddha possui três kayas ou "corpos de iluminação".


O Dharmakaya do Buddha é como a imensidade do espaço do céu . O Sambhogakaya do Buddha se manifesta sem que o Buddha sempre vagueie. O Dharmakaya é como a lua no céu. O aparecimento do Buddha como o Nirmanakaya de carne e sangue é como a lua refletida em uma piscina de água.


A segunda joia é o Dharma. Esta é o tripitaka, as três cestas de escrituras. Nós tomamos refúgio no Dharma porque a realização que surge nas mentes dos praticantes está baseada na compreensão das escrituras. A terceira jóia é a Sangha, a comunidade iluminada, os Arhats, Bodhisattvas, e Deidades.


Quem tomou refúgio e segue o caminho que conduz à iluminação mantém a mente de iluminação continuamente. Nós tomamos refúgio para todos os seres sensíveis. Isto traz nosso refúgio ao nível do Mahayana, ou grande veículo, que deseja salvar todo ser vivo.


A Buddhahood, ou iluminação, é atingida pela realização de abnegação, que inclui a realização da vacuidade de todos os fenômenos. O treinamento, passo a passo, e o acúmulo de mérito, nos ajudam a poder perceber a vacuidade.


Para isto, a pessoa precisa cultivar a resolução firme de atingir o estado de iluminação. Também é necessário gerar a preciosa bodhichitta. Para poder gerar bodhichitta, é necessário apreciar o bem-estar de outros.


Os ensinamentos dizem frequentemente que todo o sofrimento se origina do egoísmo, enquanto toda a felicidade vem de avaliar e buscar o bem-estar dos outros. Apreciar o bem-estar dos outros pode conduzir então à bodhichitta, à motivação altruística de livrar todos os seres dos sofrimentos e os estabelecer no estado de iluminação.


É dito mais adiante que todos os ensinamentos do Buddha podem ser entendidos em termos da lei de karma, a lei de causa e efeito. Se você semear sementes de virtude, isto manterá os frutos dos resultados afortunados e circunstâncias positivas. Se você cultivar comportamento não-virtuoso, conduzirá à infelicidade.


Em Budismo, nós falamos da importância da lei de causa e efeito. Em Cristianismo, a ênfase está em fé em deus. Mas esta fé é ainda uma causa, uma causa virtuosa, assim pode dela realmente ser derivada felicidade como seu efeito, ou pode ser resultado de uma causa do que está cultivando fé. Na realidade, assim os cristãos também estão falando da lei de causa e efeito.


Estes dois ensinamentos religiosos podem usar conceitos diferentes, mas podem compartilhar algumas ideias bem parecidas.


Quando a pessoa recebe autorização [iniciação] e faz a prática de Tara Verde, ela deveria ser vista com a fé que ela é a incorporação de todas as atividades iluminadas de todos os Buddhas. Assim, a pessoa pode aprender a rezar à Deusa Bodhisattva Tara. Acima de qualquer dúvida, ela pode acalmar e pacificar todos os medos.


Tara e o Buddha feminino Vajrayogini são a mesma pessoa em essência, desde que ambos são deusas de sabedoria iluminada. Até mesmo se a pessoa não puder praticar todos os detalhes das onze iogas de Vajrayogini, um que sabe como realmente rezar profundamente à deusa Tara receberá os mesmos benefícios.


Frequentemente junto com refúgio e geração do desejo para também salvar a todos os seres o que recita a oração de sete ramos que é achada perto do começo de muitas sadhanas. Os sete ramos são: prestando homenagem, fazendo confissão, alegrando-se nas virtudes de outros, decidindo-se pelo pensamento de iluminação de bodhichitta, pedindo para virar a roda de dharma, pedindo para não passar em nirvana, e dedicação de mérito. Cada destes ramos revela um componente importante do caminho.


Tendo tomado refúgio e feito a homenagem, a pessoa vê Tara como o objeto exclusivo de refúgio para quem você confia sua fé. Este é o primeiro dos quatro poderes de confissão que é o segundo ramo. O primeiro poder de confissão é o poder do altar. Agora a pessoa está pronto confessar os maus-feitos com remorso forte, como quem erradamente tomou veneno e assim tem genuínos pesares. Você vê como foi prejudicial ter cometido tal erro, e, com remorso e contrição, confessa você.


Este é o segundo dos poderes de confissão, o poder do arrependimento.


O terceiro poder de confissão é o poder do antídoto; em resumo, isto significa prometer com sinceridade nunca repetir a conduta negativa novamente. Como resultado disto, serão consertados todos as negatividades completamente, e a virtude será restabelecida e será reavivada. Este é o quarto dos poderes, o poder da renovação ou restauração. A menos que nós confessemos as ações negativas, nós continuamos acumulando as causas de sofrimentos continuamente.


Um exemplo do terceiro dos sete ramos, o ramo de alegrar-se com a virtude, é ilustrado pela história de um mendigo que se alegrou com o mérito de um rei que apresentava um banquete pródigo para o Buddha. Pela alegria dele, o mendigo ganhou até maior mérito que o próprio rei. Semelhantemente, se você conhece alguém que completou a recitação de muitos milhões de mantras, então se você se alegrar na prática deles/delas, você pode compartilhar do grande mérito deles/delas.


Isto ilustra aquele até mesmo que, sem grande esforço da parte da própria pessoa, por alegrar-se no mérito de outros, a pessoa pode ganhar vastas quantidades de mérito.


Outro dos sete ramos é o pedido aos Buddhas de virar a roda do Dharma. Sem tal pedido, os ensinamentos não localizam os seres sensíveis. Isto é ilustrado na vida de Shakyamuni Buddha.


Quando o Buddha foi iluminado, ele fez uma declaração famosa que é registrada no sutras:


" Eu achei um Dharma que é como néctar; é indecomponível luz clara, profundo e calmo, além da elaboração conceitual. Se eu fosse explicar isto, os outros não entenderiam, e assim eu permanecerei na floresta sem falar ".


Com respeito a isto, o deus que Brahma, o criador, pediu que o Buddha virasse a roda do Dharma de acordo com as necessidades particulares das variedades dos seres sensíveis.


O final dos sete ramos é a dedicação de mérito. Dedicação de mérito é o mais importante de todos os sete ramos.


Qualquer meditação, qualquer prática ou ações virtuosas que a pessoa executa, nós sempre deveríamos dedicar o mérito de forma que nossa virtude não seja dissipada.


A menos que você dedique o mérito, grande que possa ser, não será de muito benefício comparado a merecer o que foi dedicado, e o resultado de nossas ações pode conduzir até mesmo a outro lugar! Por outro lado, porém pequena uma virtude ou ação meritória que a pessoa possa ter executado, dedicando seu mérito, os benefícios irão aumentar e aumentar.


Por exemplo, um pequeno ato de generosidade, como dar um pouco de água a uma pessoa sedenta, se seguir-se por dedicação de mérito, irá em aumentar a quantidade da pessoa de virtude. Sem dedicação, até mesmo a virtude ganha por grandes ações é facilmente exausta.


As escrituras budista ensinam como um momento de raiva pode destruir grandes quantidades de virtude não dedicada.


A raiva é a mais destrutiva das emoções aflitivas. Nós dedicamos qualquer mérito que nós geramos imediatamente de forma que isto não pode ser destruído por nossos pensamentos negativos, palavras e ações.


É ensinado que a paciência serve como o antídoto para enfurecer-se. A virtude da prática de paciência é imensa. Qualquer palavras abusivas podem ser faladas com você, simplesmente pela prática da paciência.


Considerando que isto é tão importante, nos deixe de considerar as virtudes de praticar paciência. A paciência é uma das seis ou dez paramitas, as perfeições dos Bodhisattvas.


Há três tipos de paciência. A melhor das três é saber a vacuidade de todas as coisas. Depois é a paciência não-retaliativa, onde a pessoa não retalia ou leva vingança em outros que abusaram ou se comportaram mal para a si mesmo. Isto significa voluntariamente aceitar qualquer sofrimento ou dano em a si mesmo.


A prática da Paciência é uma das formas mais altas de asceticismo. Por esta prática, será pacificada toda a agressividade por si só. Quando duas comunidades estiverem em conflito, se uma destas puder exercitar a paciência, a discussão entre elas pode diminuir e gradualmente pode baixar todo junto.


A Paciência é pensada como a mais alto de todas as virtudes; é muito sagrada. Se a pessoa praticar paciência, conduz diretamente a nascer com uma forma bonita. Embora nós pensemos nascer bonito é devido a alguma amável realidade de hereditariedade de nossos pais, em grande parte devido ao mérito de praticar paciência nas vidas prévias da pessoa.


Realmente, a fortuna boa de nascer como um ser humano está devido ao desempenho de éticas, de ações morais, nas vidas prévias da pessoa. Mas não todos os humanos nascem com uma forma bonita; é só esses que praticaram paciência que são enfeitados com tal aparecimento.


Os que são pacientes geralmente são admirados por todo o mundo; dos reis e dignitários até a pessoa mais ordinária, todos o respeitarão o que é paciente. Isto é porque a paciência consome a raiva da pessoa, a causa do pior sofrimento. Não há nenhuma não-virtude maior que a raiva e ódio; destrói todas as sementes de virtude. Em contraste, a paciência destrói raiva e ódio.


Realmente não há nenhuma virtude que se pode emparelhar com a virtude da paciência.


Outras das seis ou dez paramitas ou perfeições dos Bodhisattvas é a perfeição de diligência.


Tudo que você empreende, você tem que aplicar diligência à tarefa. Se você tiver diligência, você pode até mesmo fazer um buraco em uma pedra usando suas mãos. A prática da diligência nesta vida permitirá a pessoa a fazer coisas depressa e prosperamente em vidas do futuro, sem enfrentar muitos obstáculos.


Ainda outras das paramitas ou perfeições são a perfeição da concentração.


Os benefícios do treinamento em concentração são que aquele fica contente e calmo e tudo fica fácil. A pessoa acha a mente da pessoa fácil domesticar, e as coisas estão bem e como deveriam ser. Estas são algumas das virtudes do karma positivo que surge pela perfeição da concentração.


Especialmente importante é o prajnaparamita, a perfeição de sabedoria. Dá para alguém a habilidade para discernir assuntos com claridade mental e raciocínio claro.


A lei de karma, de causa e efeito, é infalível; nunca o decepcionará. Não-virtudes definitivamente criam infelicidade. Até mesmo se a pessoa tiver a boa fortuna para nascer como um ser humano, se causas não-virtuosas estiverem presentes em si mesmo, isto perpetuará um testamento de sofrimento, até mesmo se a pessoa ganhe renascimento mais alto, como de um ser humano.


Os reinos de sofrimentos como os infernos são o resultado dos próprios pensamentos e ações errados da pessoa. Não há nenhum lugar como os infernos.


Os fogos infernais dos infernos quentes são a manifestação da raiva não resolvida e negatividade armazenada na mente. Estas acumulações karmicas se manifestam como o que parece ser um mundo real ou reino para aquele que tem que experimentar. Devido ao karma negativo, a pessoa tem uma percepção distorcida de tudo da realidade, não percebendo que qualquer realidade que a pessoa parece estar experimentando é criada na realidade pela própria mente da pessoa.


Todas as práticas de meditação devem ser estruturadas de acordo com as três excelências: o que é no princípio virtuoso, que é virtuoso no meio, e que é virtuoso no fim.


Em meditação, a coisa mais importante é meditação em vacuidade. Todos os conseguimentos do Buddhas são o resultado de meditação em vacuidade. Nós mesmos não nos tornamos Buddhas porque nós não meditamos efetivamente em vacuidade.


O que é no princípio virtuoso é refúgio. O que é virtuoso no meio é a parte principal da prática. O que é virtuoso no fim é a dedicação de mérito. Consequentemente nós podemos ver que a tomada de refúgio é a base de toda a prática adicional.


Na escola da Primeira Tradução eles falam de nove veículos de Budismo que incluem seis veículos de tantra, enquanto nas escolas da Tradução Posterior eles falam de quatro veículos ou classes de tantra: kriya ou tantra de ação; charya ou tantra de desempenho; tantra de ioga; e anuttarayogatantra ou tantra de ioga insuperável.


Na prática de Kriyatantra, a pessoa visualiza a deidade, como a deusa Tara, no espaço sobre e na frente, e pensa de si mesmo como um sujeito leal que suplica a um rei ou rainha, esperando receber a sua bondade. Esta é a natureza da relação do meditador com a deidade em Kriyatantra.


Em Charyatantra, você considera a deusa como um amigo, a quem você pede algum favor ou ajuda ou bênçãos. Em Charya ou tantra de desempenho, a relação entre o meditador e a deidade é igual a de um amigo para um amigo.


Em Yogatantra, a pessoa está unificando a sua própria natureza da pessoa com a natureza da deidade, unificando o próprio aparecimento da pessoa com o aparecimento de Tara. Em Anuttarayogatantra, a pessoa não vê a si mesmo e a deidade como separado em natureza.


Baseado nisto, a pessoa transforma o corpo ordinário da pessoa, fala, e mente no corpo, fala e mente sagrada de Tara.


Para fazer isto, você deve ter recebido a permissão-iniciação. Isto é o que o permite a transformar seu corpo ordinário no corpo divino, transformar sua fala ordinária em fala iluminada, e transformar seus pensamentos mundanos na sabedoria da deusa Tara por meditar em vacuidade.


fonte: http://www.kslm.org.br/