Doppelganger by Perodog on Deviant Art...
Doppelgänger, segundo as lendas germânicas de onde provém, é um monstro ou ser fantástico que tem o dom de representar uma cópia idêntica de uma pessoa que ele escolhe ou que passa a acompanhar (como dando uma ideia de que cada pessoa tem o seu próprio). Ele imita em tudo a pessoa copiada, até mesmo as suas características internas mais profundas. O nome Doppelgänger se originou da fusão das palavras alemãs doppel(significa duplo, réplica ou duplicata) e gänger (andante, ambulante ou aquele que vaga).
Existem muitas controvérsias sobre como esta criatura misteriosa é tratada: uns dizem que ela anuncia maus agouros, enquanto outros ditam que é uma representação acentuada do lado negativo de uma pessoa. No primeiro caso, diz-se que ver o seu próprio doppelgänger é um sinal de morte iminente, pois a lenda reza que a pessoa está vendo a sua própria alma projetando-se para fora do corpo para assim embarcar para o plano astral. Em outras circunstâncias, se o Doppelgänger é visto por amigos ou parentes, isso é um anúncio de má sorte ou de problemas emocionais que se aproximam. No segundo caso, há quem diga que ele assume o negativo da pessoa para tentar sobre a mesma uma influência negra, de modo a converter a pessoa a fazer coisas cruéis ou simplesmente coisas que ela não faria naturalmente. Ainda existem aqueles que especulam que o doppelgängerseja um tipo de "conselheiro" invisível para a pessoa, seja dando avisos ou implantando idéias. Dado este plano, acredita-se que o doppelgänger somente é visível para quem o tem, e mesmo em tal circunstância ele só pode ser visto espiritualmente, pois ele não se reflete em espelhos ou qualquer superfície física. Estima-se também que cães e gatos podem ver os doppelgänger dos seres humanos, embora isso seja ainda não comprovado. Em parte há quem credite o doppelgänger como sendo o polar oposto de seu dono, ou seja, se a pessoa é boa, odoppelgänger é mau, ou o oposto.
O Caso de Emilie Sagée
Um dos mais fascinantes relatos de um doppelganger vem do escritor americano Robert Dale Owen, que ouviu a história de um Doppelganger por Julie von Güldenstubbe, a segunda filha do barão von Güldenstubbe. Em 1845, quando von Güldenstubbe contava 13 anos de idade, ela foi enviada ao Pensionato von Neuwelcke, um colégio exclusivo para meninas; perto de Wolmar no que é agora a Letônia. Um de seus professores era uma francesa de 32 anos chamada Emilie Sagée.
Embora a administração da escola estivesse muito contente com o desempenho de Sagée junto aos alunos, ela logo se tornaria objeto de rumores e especulações estranhas. Sagée, ao que parece, possuía um Doppelganger que a perseguia por todos os lugares. O caso deixou de ser tratado como insanidade quando os próprios alunos de Sagée puderam ver ambas ao mesmo tempo, o que não é o mais comum, já que alguns estudiosos têm a opinião de que somente o próprio dono pode vê-los.
Um dia, no meio da turma na sala de aula, enquanto Sagée estava escrevendo no quadro negro, seu Doppelganger apareceu precisamente ao lado dela; copiando cada movimento da professora tal como ela escrevia, com a exceção de que não detinha qualquer pedaço de giz entre os dedos. O evento foi testemunhado por 13 alunos na sala de aula. Um incidente semelhante foi relatado em um jantar na qual seu Doppelganger foi visto em pé atrás dela, mimetizando os movimentos de sua alimentação, embora não utiliza-se nenhum dos utensílios como garfos ou facas.
No entanto, o Doppelganger nem sempre retrata o eco dos seus movimentos. Em várias ocasiões, Sagée seria vista em uma parte da escola, quando era conhecido de que ela estava em outro lugar, no exato mesmo horário. O mais espantoso exemplo do caso Sagée teve lugar em plena vista de todo o corpo estudantil de 42 alunos em um dia no verão 1846. As meninas estavam todas acomodadas no hall da escola para suas aulas de costura e bordado. A medida que sentaram-se ao longo das mesas de trabalho, elas podiam ver claramente Sagée no jardim da escola colhendo flores.
Um outro professor foi supervisionar as crianças. Quando este professor deixou a sala para falar com a diretora, o Doppelganger de Sagée apareceu em sua cadeira - enquanto a verdadeira Sagée ainda podia ser vista no jardim. As alunas observaram que os movimentos de Sagée no jardim pareciam muito cansados enquanto o doppelganger continuava sentado e imóvel na mesa da professora. Duas meninas munidas de uma coragem incomum para suas idades abordaram o "fantasma" na tentativa de tocá-lo, mas sentiram uma estranha resistência do ar em torno dela; quando finalmente consegui "tocá-la", o Doppelganger então desapareceu lentamente.
Sagée alegou nunca ter visto seu próprio Doppelganger, mas que sempre era tomada por um extremo cansaço, como se suas forças estivessem sendo drenadas para fora de seu corpo; ela empalidecia e sentia fome, apesar de jamais conseguir comer após essas aparições.
Outros casos:
John Donne, poeta Inglês do século XVI, cujo trabalho muitas vezes aflorou assuntos voltados para metafísica, foi visitado por um Doppelganger enquanto ele estava em Paris - e não o seu, mas o de sua mulher. Ela apareceu-lhe para mostrar um bebê recém-nascido. Sua esposa estava grávida na época, mas a aparição foi um sinal de grande tristeza. Ao mesmo momento que o Doppelganger apareceu, sua esposa havia dado à luz um filho nati-morto.
Percy Bysshe Shelley, ainda considerado um dos maiores poetas da língua Inglesa, encontrou seu doppelganger na Itália. O fantasma silenciosamente apontou em direção ao Mar Mediterrâneo. Pouco tempo depois, e pouco antes de seu trigésimo aniversário, em 1822, Shelley morreu em um acidente na pequena vela em que navegava - morrendo afogado no mesmo mar Mediterrâneo.
Rainha Elizabeth I da Inglaterra ficou chocada ao ver seu Doppelganger repousando em seu leito. A rainha morreu pouco tempo depois. A ocasião foi assunto dos jornais da época.
PARA OS CÉTICOS...
Visão científica
O fenômeno Doppelgänger, segundo os meios científicos, é provocado pelo mau funcionamento da junção temporo-parietal, uma região do cérebro responsável pela integração de várias sensações (táteis, visuais e de posicionamento do corpo) que constantemente chegam ao cérebro, "montando" a forma pela qual se entende o mundo e o posicionamento do corpo em relação ao que está ao redor. O mau funcionamento dessa região pode, portanto, acarretar o desacoplamento da percepção inconsciente do corpo e da sua representação no espaço. Quando as sensações táteis, de equilíbrio e visuais não coincidem entre si, a compreensão da localização do corpo e do que é pessoal ou extrapessoal perde-se, e tem-se a origem da intrigante sensação autoscópica ou extracorpórea, o que poderia explicar a visão do Doppelgänger.
Um dos mais fascinantes relatos de um doppelganger vem do escritor americano Robert Dale Owen, que ouviu a história de um Doppelganger por Julie von Güldenstubbe, a segunda filha do barão von Güldenstubbe. Em 1845, quando von Güldenstubbe contava 13 anos de idade, ela foi enviada ao Pensionato von Neuwelcke, um colégio exclusivo para meninas; perto de Wolmar no que é agora a Letônia. Um de seus professores era uma francesa de 32 anos chamada Emilie Sagée.
Embora a administração da escola estivesse muito contente com o desempenho de Sagée junto aos alunos, ela logo se tornaria objeto de rumores e especulações estranhas. Sagée, ao que parece, possuía um Doppelganger que a perseguia por todos os lugares. O caso deixou de ser tratado como insanidade quando os próprios alunos de Sagée puderam ver ambas ao mesmo tempo, o que não é o mais comum, já que alguns estudiosos têm a opinião de que somente o próprio dono pode vê-los.
Um dia, no meio da turma na sala de aula, enquanto Sagée estava escrevendo no quadro negro, seu Doppelganger apareceu precisamente ao lado dela; copiando cada movimento da professora tal como ela escrevia, com a exceção de que não detinha qualquer pedaço de giz entre os dedos. O evento foi testemunhado por 13 alunos na sala de aula. Um incidente semelhante foi relatado em um jantar na qual seu Doppelganger foi visto em pé atrás dela, mimetizando os movimentos de sua alimentação, embora não utiliza-se nenhum dos utensílios como garfos ou facas.
No entanto, o Doppelganger nem sempre retrata o eco dos seus movimentos. Em várias ocasiões, Sagée seria vista em uma parte da escola, quando era conhecido de que ela estava em outro lugar, no exato mesmo horário. O mais espantoso exemplo do caso Sagée teve lugar em plena vista de todo o corpo estudantil de 42 alunos em um dia no verão 1846. As meninas estavam todas acomodadas no hall da escola para suas aulas de costura e bordado. A medida que sentaram-se ao longo das mesas de trabalho, elas podiam ver claramente Sagée no jardim da escola colhendo flores.
Um outro professor foi supervisionar as crianças. Quando este professor deixou a sala para falar com a diretora, o Doppelganger de Sagée apareceu em sua cadeira - enquanto a verdadeira Sagée ainda podia ser vista no jardim. As alunas observaram que os movimentos de Sagée no jardim pareciam muito cansados enquanto o doppelganger continuava sentado e imóvel na mesa da professora. Duas meninas munidas de uma coragem incomum para suas idades abordaram o "fantasma" na tentativa de tocá-lo, mas sentiram uma estranha resistência do ar em torno dela; quando finalmente consegui "tocá-la", o Doppelganger então desapareceu lentamente.
Sagée alegou nunca ter visto seu próprio Doppelganger, mas que sempre era tomada por um extremo cansaço, como se suas forças estivessem sendo drenadas para fora de seu corpo; ela empalidecia e sentia fome, apesar de jamais conseguir comer após essas aparições.
Outros casos:
John Donne, poeta Inglês do século XVI, cujo trabalho muitas vezes aflorou assuntos voltados para metafísica, foi visitado por um Doppelganger enquanto ele estava em Paris - e não o seu, mas o de sua mulher. Ela apareceu-lhe para mostrar um bebê recém-nascido. Sua esposa estava grávida na época, mas a aparição foi um sinal de grande tristeza. Ao mesmo momento que o Doppelganger apareceu, sua esposa havia dado à luz um filho nati-morto.
Percy Bysshe Shelley, ainda considerado um dos maiores poetas da língua Inglesa, encontrou seu doppelganger na Itália. O fantasma silenciosamente apontou em direção ao Mar Mediterrâneo. Pouco tempo depois, e pouco antes de seu trigésimo aniversário, em 1822, Shelley morreu em um acidente na pequena vela em que navegava - morrendo afogado no mesmo mar Mediterrâneo.
Rainha Elizabeth I da Inglaterra ficou chocada ao ver seu Doppelganger repousando em seu leito. A rainha morreu pouco tempo depois. A ocasião foi assunto dos jornais da época.
PARA OS CÉTICOS...
Visão científica
O fenômeno Doppelgänger, segundo os meios científicos, é provocado pelo mau funcionamento da junção temporo-parietal, uma região do cérebro responsável pela integração de várias sensações (táteis, visuais e de posicionamento do corpo) que constantemente chegam ao cérebro, "montando" a forma pela qual se entende o mundo e o posicionamento do corpo em relação ao que está ao redor. O mau funcionamento dessa região pode, portanto, acarretar o desacoplamento da percepção inconsciente do corpo e da sua representação no espaço. Quando as sensações táteis, de equilíbrio e visuais não coincidem entre si, a compreensão da localização do corpo e do que é pessoal ou extrapessoal perde-se, e tem-se a origem da intrigante sensação autoscópica ou extracorpórea, o que poderia explicar a visão do Doppelgänger.
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