segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Carga da Deusa de Outono


Carga da Deusa de Outono





Imagem by ©Nicole Cadet

Eu Sou a lua decrescente,


A Deusa que se despede da terra.


Na Primavera, procurei o meu Senhor, e com ele me deitei sob as árvores e as estrelas.


Em Beltane, casei com o meu Senhor,


Debaixo dos primeiros ramos das acácias.


E no verão, Fiz amadurecer as maçãs nos pomares,


E os frutos cresceram redondos e fortes, como a semente no meu ventre.


Aquando da colheita do trigo,


Eu abati o meu Senhor para que, pela sua morte, o nosso povo possa ser alimentado.


E atualmente, em Outono, desço para o reino de baixo,


Para residir com o meu Senhor no seu sombrio reino,


Até que a nossa criança nasça.


No Solstício de Inverno, porei ao mundo a criança e reviverei a vossa esperança,


E em Imbolc estarei eu mesma de regresso, para renovar a terra.


Deixo-os mas retornarei para vocês.


Quando virem o meu poder diminuir, e as folhas das árvores cai;


Quando a neve apaga, como a morte, qualquer vestígio de mim sobre a Terra,


Então procurem-me na Lua, e lá nos céus vereis a minha alma,


Elevar-se devagar entre as estrelas.


E neste sombrio período, quando a Lua está coberta pelas sombras,


E que não há nenhum vestígio de mim no Céu ou sobre Terra;


Quando olharem para fora e que as vossas vidas pareçam frias, sombrias e estéreis;


Não permitem que o desespero corroa os vossos corações.


Porque quando estou escondida,


Apenas estou a renovar-me;


Quando declino, preparo-me para retornar.


Recordam a minha promessa e olhem no vosso interior,


Pois lá, encontrará o meu espírito, aguardando aqueles que me procuram;


Porque perto da fonte do vosso ser,


Eu sempre espero por vós.


Tripla eu sou;


Uma em Três;


O meu corpo a Terra, a minha alma a Lua,


E no interior do teu Ser mais profundo,


O espírito eterno,


O meu.

©Vivianne Crowley, traduzido e livremente adaptado por Brydea


fonte do texto e foto: http://murmuriosdasbrumas.blogspot.com.br/search/label/Mabon

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