terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Deusa Juno


Deusa Juno


Mês de JUNHO

Mês da união entre os opostos, de equilíbrio e amor.

Este mês é dedicado à Deusa Juno, a Grande Mãe da mitologia romana (representada por Hera na mitologia grega) e a todos os deuses e deusas que regem o Amor, a Paixão e a Beleza.

As pedras-amuleto tradicionais desse mês são a alexandrita, pedra-da-Lua e pérola.

A flor tradicional é a Rosa.

Uma curiosidade sobre este mês é que a ele é consagrada a borboleta, símbolo de transformação. Acredita-se que se alguém conseguir ver ao menos uma borboleta por dia durante este mês, será contemplado com muita boa sorte.

Originalmente, o nome deste mês era Junonius, em homenagem a Juno, a deusa romana padroeira dos casamentos e das mulheres.

Juno era invocada nos casamentos para garantir a felicidade duradoura por seu aspecto de padroeira e protetora das funções e atributos femininos.

Por isso antigamente as mulheres procuravam casar neste mês, tradição mudada pela Igreja Católica para o mês de Maio, apesar da antiga crença de que casar neste mês traria azar.

Como governante e da estação mais clara e quente do ano, Juno era a contraparte luminosa de Janus, o regente do mês de janeiro.

No hemisfério norte, durante este mês, percebia-se um acréscimo de energia de energia psíquica, favorecendo a aproximação e o intercâmbio com o seres elementais e os espíritos da natureza, que poderiam se tornar acessíveis e visíveis desde que devidamente agradados e invocados.

Os antigos nomes deste mês eram Meitheamh para os irlandeses, Aerra Litha para os anglo-saxões, e Brachmonath para os nórdicos.

No calendário sagrado druidico, a letra Ogham correspondente é Tinne e a planta sagrada é o azevinho.

Os nativos norte-americanos chamavam este mês de Lua dos Amantes, Lua de Mel, Lua dos Morangos, Lua da Rosa, Lua dos Prados, Lua do Sol Forte, Lua dos Cavalos, Lua da Engorda, e Mês do Intervalo, entre outros.

Neste mês, os povos europeus celebravam o solstício de verão com vários rituais, encantamentos, práticas oraculares, festas, fogueiras, danças e feiras. Nos países eslavos, o nome dos festivais variava (Kupalo, Jarilo, Kostroma, Sabotka, Kreonice ou Vajano), mas sua tônica era a mesma.

No Egito durante a Lua Cheia, homenageava-se a deusa Hathor com o festival de Edfu.

A procissão com a estátua da deusa, retirada de seu templo de Dendera durante a lua nova, culminava com sua chegada no templo de Hórus, em Edfu, para o casamento sagrado destas divindades.

Durante as faustosas celebrações, muitos casais aproveitavam os influxos auspiciosos do evento para imitar o exemplo dos deuses e se casar.

A deusa lunar Hathor regia o amor, a beleza, a união e a fertilidade e, casar-se durante sua celebração na Lua Cheia, garantia sua bênçãos para o casal.

Também no Egito, celebravam-se as deusas Ísis e Neith, com o Festival das Lanternas, enquanto que na Índia, um festival exclusivo de mulheres homenageava a deusa Parvati.

Na Grécia antiga, durante a Lua Nova, celebrava-se Ártemis - a deusa lunar padroeira das florestas e dos animais -, as Horas - deusas menores das estações - , e as Dríades - as ninfas das árvores.

Em Roma comemoravam-se as deusas Carna - da saúde -, Cardea - a protetora das casas - e Hera e Vênus - as padroeiras das mulheres e do amor.

Os povos nativos norte-americanos festejam, neste mês, o retorno das Kachinas, os espíritos ancestrais da natureza para a sua morada subterrânea, após terem proporcionado o crescimento da vegetação.

Os incas celebravam Inti Raymi, a Grande Festa do Sol e a gratidão pela colheita do milho.









à deusa Juno

em ti, bendita Juno,

a consagração do mês das regas e das colheitas,

a que concedeste a nobreza do teu sacro nome.

um mês de solstício, de casamentos e namorados,

de suculentos frutos e legumes,

de santos populares e fogueiras,

mês da foice em punho e do flavo trigo nas eiras.

é este o teu mês,divina Juno,

e nele quero relembrar e honrar o teu bom-nome

e deixar o meu testemunho.

belas e rociadas de plenitude

as noites e as antemanhãs

que nos concedes na quietude dos dias.

na beleza dos teus olhos,

a embriaguez azul

da infinitude dos céus,

a mesma luz que ofusca e inebria

os humanos e os deuses.

em teus purpurinos lábios

o incitamento ao beijo.

no teu corpo divino

o amor, o desejo, a beleza,

a força feminina

que gera a vida

e canta a natureza.

zelosa em teu himeneu com Júpiter,

único no Olimpo,

proteges, na tua graça,

como se fora teu,

o casamento de todas as mulheres,

que acolhes e amparas no teu coração.

a ti, deusa da maternidade,

elevo a minha voz e o meu olhar e ofereço,

na modéstia dos simples,

o meu humilde verbo.

a ti, Luno - ou Hera -

rainha dos deuses

que cintilante nos surges

na tua clâmide de oiro e estrelas,

ergo a minha taça de vinho romano

- ou grego, tanto faz!–

e brindo à tua pureza,

à tua sensualidade,

à tua excelsa beleza,

na infinidade do Olimpo arcano

de onde sopram os ventos da paz

e onde tudo é claro e exato

e imponente e não efémero,

porque divino, e não humano.

poesia publicada por peregrino copiado do blog: peregrino21.blogspot.com

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